terça-feira, 14/05/2024
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Governo avalia aumentar impostos sobre combustíveis

A eleva&ccedil&atildeo de PIS e Cofins sobre a gasolina e diesel &eacute a alternativa de alta de tributo considerada mais vi&aacutevel pela &aacuterea t&eacutecnica do governo para ajudar no cumprimento da meta fiscal deste ano. A medida pode garantir uma arrecada&ccedil&atildeo extra de 3 bilh&otildees de reais em 2017.

Apesar da promessa do presidente Michel Temer de n&atildeo aumentar a carga tribut&aacuteria no seu governo, a alta de tributos est&aacute na mesa de discuss&atildeo da equipe econ&ocircmica como uma das op&ccedil&otildees para ajudar a tapar o buraco de 40 bilh&otildees de reais nas contas do governo. &Eacute o que falta de receita para fechar o Or&ccedilamento dentro da meta fiscal, que prev&ecirc d&eacuteficit de 139 bilh&otildees de reais nas contas.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o corte no Or&ccedilamento, que deve ser anunciado na pr&oacutexima semana, poder&aacute ser reduzido ao longo do ano com o aumento de impostos. De acordo com ele, com o relat&oacuterio de receitas e despesas, tamb&eacutem ser&aacute anunciado se haver&aacute ou n&atildeo a necessidade de aumento de impostos e quais as propostas do governo para a alta de tributos.

Entre as propostas entregues pela &aacuterea t&eacutecnica est&atildeo tamb&eacutem o aumento de IOF sobre algumas opera&ccedil&otildees de c&acircmbio e de cr&eacutedito e a reonera&ccedil&atildeo da folha de pagamento. No entanto, esta &uacuteltima &eacute considerada bem mais complexa, pois depende de aprova&ccedil&atildeo de projeto de lei ou medida provis&oacuteria. O aumento de PIS e Cofins sobre combust&iacuteveis e do IOF pode ser feito por decreto, o que evitaria discuss&otildees no Congresso neste momento conturbado da pol&iacutetica. A eleva&ccedil&atildeo da Contribui&ccedil&atildeo de Interven&ccedil&atildeo no Dom&iacutenio Econ&ocircmico (Cide, o imposto sobre gasolina), al&eacutem de ter de ser aprovada pelos parlamentares, s&oacute poderia entrar em vigor depois de tr&ecircs meses da data da aprova&ccedil&atildeo.

A insufici&ecircncia de caixa ter&aacute de ser coberta com corte de despesas, receitas extraordin&aacuterias j&aacute esperadas com os programas de repatria&ccedil&atildeo e de regulariza&ccedil&atildeo tribut&aacuteria e, agora, com a prov&aacutevel alta de impostos. Segundo Meirelles, o governo trabalha com a expectativa de arrecadar 7 bilh&otildees de reais para Uni&atildeo com a repatria&ccedil&atildeo.

A equipe econ&ocircmica n&atildeo quer correr risco de ter de mudar a meta fiscal ao longo do ano. Mas enfrenta a dificuldade de ter de trabalhar num ambiente de grande incerteza de receitas &ndash inclusive da arrecada&ccedil&atildeo com concess&otildees e privatiza&ccedil&otildees &ndash prevista no Or&ccedilamento aprovado pelo Congresso. O aumento de impostos pode reduzir a necessidade de um corte maior.

O jornal apurou que foram apresentadas v&aacuterias propostas de aumento de impostos, mas a defini&ccedil&atildeo s&oacute ocorrer&aacute na semana que vem, depois que Meirelles voltar da reuni&atildeo do G-20, na Alemanha. H&aacute diversas propostas circulando. A estrat&eacutegia &eacute que o contingenciamento fique mais pr&oacuteximo de 30 bilh&otildees de reais, disse uma fonte da equipe econ&ocircmica, acrescentando que os valores est&atildeo cercados ainda de uma margem de grande incerteza.

IOF

A eleva&ccedil&atildeo do Imposto de Opera&ccedil&otildees Financeiras (IOF) sobre algumas opera&ccedil&otildees de c&acircmbio, que hoje j&aacute s&atildeo tributadas em 0,38%, e de cr&eacutedito, que hoje n&atildeo s&atildeo tributadas, tamb&eacutem est&atildeo em an&aacutelise. Entre elas, cr&eacutedito rural e do BNDES. Elas poder&atildeo garantir mais 1,2 bilh&atildeo de reais este ano, se come&ccedilarem a vigorar em 1.&ordm de abril. Em 12 meses, a medida garante cerca de 1,6 bilh&atildeo de reais.

Para o economista Raul Velloso, esse &eacute o pior momento para aumento de impostos, pois iria punir alguns segmentos da sociedade por uma busca de cumprimento da meta de d&eacuteficit prim&aacuterio que n&atildeo justifica o esfor&ccedilo, al&eacutem de destoar da pol&iacutetica anunciada anteriormente, de estabelecer um limite de gastos por parte do governo.

Na contram&atildeo, o professor da EPGE/FGV Antonio Carlos Porto Gon&ccedilalves diz que um aumento pontual de impostos poderia acelerar a pol&iacutetica de corte de juros sem minar a volta da disposi&ccedil&atildeo para o consumo da sociedade ou a volta do investimento.

(com Estad&atildeo Conte&uacutedo)VEJA.COM

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Parmenas Alt
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