Por conta de uma nova portaria do Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováris (Ibama) irá capacitar e contratar 190 brigadistas para atuar em três terras indígenas e em cinco assentamentos rurais de Mato Grosso. A portaria autoriza o Ibama a antecipar as ações de combate a incêndios florestais que se intensificam no período de seca. Em todo o país, devem ser contratados temporariamente cerca de 2.500 brigadistas, sendo que 1.600 destes homens devem começar a trabalhar no próximo mês.
A duração dos contratos é de seis meses. Por isso, o processo de seleção vai ser antecipado para que as equipes estejam prontas para trabalhar a partir de julho, quando intensifica o período de seca. De acordo com o coordenador do Prevfogo de Mato Grosso, Cendi Ribas, primeiro a equipe irá nos locais para fazer uma pré-seleção dos candidatos baseados em testes físicos e documentação.
“Serão ministrados cursos de uma semana de duração, com conteúdo teórico e prático. Então, até sair a contratação, todos devem iniciar esse processo no final de abril, para que no começo de junho esses 190 brigadistas tenham condições de trabalhar”, comentou Ribas.
Este ano os brigadistas vão atuar em áreas federais, de regiões com importância ecológica, como, por exemplo, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que todos os anos sofre com as queimadas. Outro ponto crítico que os brigadistas vão atender é o assentamento Bordolândia que fica próximo a terra indígena Marãiwatsédé e que, segundo o Ibama, tem um histórico preocupante de queimadas.
No ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 172.831 focos de calor em Mato Grosso. Enquanto que em 2011 foram 89.523 focos. Os municípios mais atingidos em 2012 foram Feliz Natal (9.064), Paranatinga (7.773), Nova Ubiratã (6.761) eColniza (6.387).
“O programa de brigada do Prevfogo teve uma mudança em relação aos anos anteriores quando a gente fazia brigada nos municípios mais críticos em relação ao fogo. Esse ano, a gente vai trabalhar
com os assentamentos do Incra e as terras indígenas da Funai (Fundação Nacional do Índio), que são áreas de atribuição direta do governo federal”, disse o coordenador.
Os interessados em participar do projeto devem ficar atentos às inscrições que serão abertas por meio de editais, que serão publicados pelo Ibama.
G1-MT
