segunda-feira, 13/05/2024
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Inspetores de agência atômica voltam ao Irã no final de fevereiro

Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) voltarão ao Irã nos dias 21 e 22 de fevereiro para novas vistorias ao programa nuclear do país, de acordo com o japonês Yukiya Amano, diretor geral do organismo vinculado à ONU (Organização das Nações Unidas).

"A agência se compromete a intensificar o diálogo. Isso continua sendo essencial para avançar nas questões de fundo", afirmou Amano, através de comunicado.

O texto ainda menciona que os inspetores demonstraram ao governo de Mahmoud Ahmadinejad preocupação sobre o "esclarecimento das possíveis dimensões militares" que o enriquecimento de urânio possa ter. A agência tratou pela primeira vez sobre a criação de armas atômicas com Teerã.

O encontro acontece em meio ao aumento da tensão do Irã com o Ocidente em decorrência das sanções aplicadas pela União Europeia ao petróleo iraniano, no último dia 23.

INSPEÇÃO

Mais cedo, o subdiretor-geral da AIEA, Herman Nackaerts, que chefiou a missão em Teerã, afirmou que as discussões com autoridades iranianas foram "boas", mas disse que ainda há dúvidas para esclarecer a respeito do programa nuclear do país.

"Estamos comprometidos a resolver todas as questões remanescentes, e os iranianos certamente estão comprometidos também. Mas é claro que ainda há muito trabalho a ser feito, e já planejamos outra viagem em um futuro muito próximo", disse a jornalistas Herman Nackaerts, subdiretor-geral da AIEA, ao regressar de Teerã.

Questionado sobre se estava satisfeito com as reuniões, Nackaerts, que comandou a delegação de seis integrantes da AIEA, respondeu: "É, tivemos uma boa viagem".

Ele disse que foram três dias de "discussões intensas", mas não quis dar detalhes, alegando que precisava inicialmente se reportar aos seus superiores.

Na terça-feira, uma fonte oficial iraniana não identificada disse à agência de notícias Fars que a visita foi "construtiva" e que "os dois lados concordaram em continuar as discussões".

Diplomatas ocidentais habitualmente acusam o Irã de usar ofertas de diálogo como tática para se esquivar da pressão internacional e prosseguir com seu programa nuclear, e dizem duvidar de que desta vez Teerã irá demonstrar o tipo de cooperação objetiva que a AIEA espera.

NEGOCIAÇÕES

Já o ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, reiterou nesta quarta a disposição do país a negociar sobre o programa nuclear com o grupo 5+1, formado por Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha.

Em declarações à agência de notícias estatal Fars, Salehi disse que enviará cartas aos seis países para mostrar a intenção de retomar o diálogo. O chanceler espera que o encontro entre as autoridades dos sete países aconteça em "um futuro não muito distante".

O anúncio é feito no dia seguinte à saída da comitiva da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, vinculada à ONU), que avaliou as condições do enriquecimento de urânio no país.

A entidade qualificou como "boas" as discussões mantidas nos últimos dias com as autoridades iranianas, mas afirmou que ainda há dúvidas por esclarecer a respeito do programa nuclear do país.

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Parmenas Alt
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