quinta-feira, 16/05/2024
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Irã organiza teste de componente de bomba nuclear, diz jornal

Documentos da inteligência citados nesta segunda-feira pelo jornal britânico “The Times” indicam que o Irã está organizando o teste de um iniciador de nêutrons –componente crucial para a fabricação de uma bomba nuclear, capaz de originar a explosão.

Segundo as fontes de agências de inteligência ocidentais, o Irã iniciou este programa ainda no começo de 2007.

Um dos documentos que o “Times” diz ter tido acesso é um relatório interno datado de 2007 e elaborado pelo Centro de Preparação do Instituo de Ciências Aplicadas –um dos doze departamentos do Campo para a Expansão do Uso de Tecnologia Avançada do Irã. O texto detalha um plano de quatro anos para realizar o teste do iniciador.

O jornal britânico afirma que os documentos estavam escritos em farsi e que, apesar da linguagem muito técnica, está claro que os iranianos querem esconder os objetivos militares de seu programa.

Os documentos estão assinados por Mohsen Fakhirizadeh, identificado como presidente do Campo para a Expansão do Uso de Tecnologia Avançada do Irã. A organização, segundo os serviços de inteligência ocidenatis, serve de fachada para o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

Em uma das seções, o documento discute a possibilidade de encarregar departamentos uiniversitários com vínculo com os militares iranianos de algumas partes do projeto –mas também ressalta que o projeto pode ser secreto demais para dividir o trabalho.

Outro documento, de caráter mais técnico, descreve o uso de uma fonte de nêutrons, o deutério de urânio, cuja única utilidade, segundo especialistas, é a fabricação de uma bomba nuclear. Este material já é utilizado pelo Paquistão para a produção de seu arsenal nuclear.

“Mesmo que o Irã dissesse que estes trabalhos tem um objetivo civil, não há aplicação civil possível”, disse David Albright, presidente do Instituto de Ciencia e Segurança Internacional de Washington (EUA), que analisou centenas de documentos relacionados com o programa nuclear iraniano.

Por isso, detecção de traços de deutério de urânio após uma explosão poderia indicar as intenções militares dos iranianos –que negam as acusações de que seu programa nuclear tem fins militares.

Segundo o “The Times”, os cientistas iranianos já estudam substituir o deutério de urânio pelo seu equivalente de titânio para evitar a contaminação por urânio –o que resultaria, contudo, em uma explosão de gravidade menor.

O jornal afirma ainda que os documentos obtidos foram examinados por serviços de inteligência de vários países ocidentais, entre eles o Reino Unido, além da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores britânico afirmou que, se os documentos forem autênticos, “muitas perguntas suscitarão sobre as intenções reais do Irã”.

F.OnlCom Efe

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Parmenas Alt
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