sábado, 27/04/2024
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Israel cancela viagem aos EUA após país recuar na ONU e ressalta: ‘Guerra só acaba quando reféns forem libertados’ 

Netanyahu criticou a abstenção dos norte-americanos e disse que decisão é uma ‘reversão de sua posição consistente no Conselho de Segurança’

A abstenção dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), permitiu que, após quase seis meses do começo da guerra entre Israel e Hamas, fosse aprovado uma resolução que pede um cessar-fogo imediato em Gaza, que já contabiliza mais de 32 mil mortos, segundo o último balanço. Contudo, esse posicionamento, que mostrou um distanciamento dos norte-americanos com os israelenses, não foi bem aceito pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que cancelou a viagem de seus assessores para os Estados Unidos. “Os EUA não vetaram hoje o novo texto que pedia um cessar-fogo sem a condição de libertar os reféns. Essa é uma clara reversão de sua posição consistente no Conselho de Segurança desde o início da guerra”, lamentou em comunicado o Gabinete do premiê israelense.

A viagem estava prevista para acontecer nesta semana, e tinha como objetivo debater proposta de ampliação de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e encontrar alternativas para uma operação terrestre em Rafah, da qual os norte-americanos têm avisado há tempos que se Israel continuar com o plano de invasão terrestre, será um grande erro. Estavam previstos para viajar o conselheiro de Segurança Nacional israelense, Tzachi Hanegbi, e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer – do círculo íntimo de Netanyahu. No domingo, 24, Israel já tinha informado que caso os EUA recuassem de sua “posição de princípios”, Israel não enviaria sua delegação a Washington. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, os EUA têm o direito de veto, mas com a abstenção, a resolução foi aprovada.

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A Casa Branca se declarou “perplexa” pela decisão de Israel de cancelar a visita de sua delegação. “Estamos realmente perplexos”, declarou à imprensa o porta-voz John Kirby, ao apontar que “parece que o gabinete do primeiro-ministro tenta transmitir a sensação de que há um desacordo, quando eles não precisam disso”. Além disso, reiterou que “não há uma mudança na posição” dos Estados Unidos com a abstenção no Conselho de Segurança da ONU, que aprovou uma resolução para um cessar-fogo imediato em Gaza. A incursão terrestre em Rafah é um dos principais pontos de atrito entre EUA e Israel, já que Netanyahu a considera essencial para derrotar os quatro batalhões remanescentes do Hamas e vencer a guerra. O governo de Joe Biden a considera uma “linha vermelha” porque 1,4 milhão de pessoas deslocadas, mais da metade da população do território palestino, estão na cidade mais ao sul do enclave.

conselho de segurança da ONU

A resolução aprovada nesta segunda foi adotada com 14 votos a favor e uma abstenção, a dos EUA, e quando foi aprovada arrancou aplausos do plenário, algo que raramente acontece, já que até agora o país havia vetado todas as resoluções apresentadas nesse sentido. Na sexta-feira passada, o Conselho de Segurança da ONU votou uma resolução que pedia um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza, apresentada pela primeira vez pelos EUA, depois deste país ter vetado três vezes resoluções nesse sentido, embora desta vez a iniciativa tenha sido rejeitada por China e Rússia por causa do “vocabulário enganoso”. Os dois países consideraram que o pedido de cessar-fogo não era claro.

Apesar de esperança, ainda é incerto se falar como a aprovação da resolução se saíram na guerra, porque, como voltou a informar o ministro de Defesa de Israel, Yoav Gallant, Israel não encerrará guerra contra o Hamas até que o grupo islamista palestino liberte os reféns. “Não temos direito moral de parar a guerra enquanto ainda houver reféns em Gaza”, afirmou Gallant antes de se reunir com o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

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Parmenas Alt
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