sábado, 01/06/2024
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Japão registra vazamento de água na usina nuclear de Onagawa

A usina nuclear de Onagawa, na província de Miyagi (nordeste do Japão), registra vazamentos de água após o forte terremoto que atingiu o país na noite de quinta-feira –uma das dezenas de réplicas do tremor seguido de tsunami que devastou o país no dia 11 de março–, embora não tenha sido detectado um aumento da radioatividade por enquanto, informou a emissora estatal NHK.

Sobe para quatro o número de mortos após novo tremor no Japão

Outras duas usinas nucleares do leste japonês precisaram recorrer a geradores de emergência após perder a provisão elétrica externa pelo tremor de magnitude 7,4, que deixou ao menos quatro mortos e mais de 130 feridos.

A usina de Onagawa, muito próxima ao epicentro do terremoto, perdeu duas de suas três linhas elétricas externas, mas por enquanto está resfriando suas piscinas de combustível usado com a linha de provisão restante, informou a Agência de Segurança Nuclear do Japão.

Onagawa, que estava parada desde o devastador terremoto de 11 de março, sofreu a suspensão temporária dos sistemas de resfriamento após o terremoto de ontem, mas posteriormente os técnicos conseguiram recuperá-los.

A central de Higashidori, em Aomori, ficou sem a provisão elétrica externa após o tremor e agora está funcionando com geradores de emergência a diesel, embora no momento do sismo estivesse passando por uma revisão.

Também em Aomori, a central de processamento de resíduos nucleares de Rokkasho ficou sem eletricidade e opera com geradores de emergência.

OPERAÇÕES EM FUKUSHIMA

Na usina de Fukushima Daiichi, afetada por graves vazamentos em consequência do terremoto e do posterior tsunami do último dia 11, não foi detectado aumento da radiação acima do normal, segundo a agência nuclear.

Embora o tremor não tenha danificado o complexo nuclear de Fukushima, as operações de contenção ao vazamento radioativo foram prejudicadas já que os funcionários tiveram de ser retirados às pressas.

A operadora da usina nuclear, a Tokyo Electric Power Company (Tepco), ordenou o esvaziamento imediato do local, por temor a um novo tsunami.

“Não tivemos de imediato nenhuma informação indicando que estaria acontecendo qualquer coisa de anormal na central”, anunciou um porta-voz da tepco. “A injeção de água nos reatores 1, 2 e 3 prossegue sem problemas”.

“Continuamos, também, a introduzir nitrogênio no reator 1, e os parâmetros não assinalam nada de anormal”, acrescentou.

APAGÕES E INCÊNDIOS

O tremor foi registrado pelo USGS às 23h32 (11h32 em Brasília) e com epicentro a 98 km de Sendai e 144 km de Fukushima, as regiões mais atingidas pelo terremoto do último dia 11. Um alerta de tsunami chegou a ser emitido mas foi suspenso uma hora e meia depois.

O abalo foi sentido em Tóquio, a 400 km ao sul, onde os prédios e as casas tremeram durante várias dezenas de segundos.

A NHK, TV estatal japonesa, disse que foram registradas diversas ocorrências de incêndios e cortes de energia elétrica na região.

“Concluímos que o fenômeno desta quinta-feira foi um tremor secundário ao de 11 de março”, declarou um porta-voz da Agência Meteorológica do Japão em entrevista à imprensa.

Segundo a emissora NHK, escapamentos de gás e inundações foram observadas em algumas partes da cidade de Sendai.

A agência de notícias Jiji relatou cinco incêndios e 13 escapamentos de gás na cidade.

Cortes no fornecimento de energia elétrica também foram registrados nas províncias vizinhas de Aomori, Iwate e Akita.

TERREMOTO DEVASTADOR

Em 11 de março, o pior terremoto da história do Japão causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país, principalmente na região de Fukushima, Sendai e Miyagi.

Ao menos 12.600 pessoas morreram e outras 14.700 estão desaparecidas desde o terremoto de março, segundo o balanço mais recente da Polícia Nacional japonesa. Outras 250 mil pessoas estão desabrigados.

O terremoto danificou ainda a usina nuclear de Fukushima Daiichi, causando uma crise nuclear que afetou até a produção de alimentos no país.

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Parmenas Alt
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