A superpopulação de pombos ocorre em várias regiões do Paraná. No noroeste do Estado, uma organização não-governamental (ONG) ambientalista propôs que as aves sejam exterminadas a tiros. O primeiro e até agora único local autorizado a matar pombos é o município de Assis, no interior de São Paulo. A autorização foi concedida em 1988.
O abate só será evitado se a Justiça intervir, segundo o secretário de Meio Ambiente, Cleidival Fruzeri. “É um caso de saúde pública”, definiu. A decisão divide a população, que será informada sobre os motivos que levaram à ação em audiência pública no dia 19. Entretanto, Fruzeri adverte que será uma reunião de “informação, e não de consulta”. A promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentin, afirmou que não há retorno. “O valor maior é a vida humana”, afirmou.
Ainda não há estimativa de custo nem data para início do abate, mas Fruzeri acredita que o serviço comece em 90 dias. Será aberta uma licitação para contratar a empresa responsável pelo serviço.
O número de pombos a serem sacrificadas e o modo de captura e de abate foram propostos pelo coordenador do Centro de Investigação em Medicina Aviária do Paraná, Ivens Gomes Guimarães, que também é professor da Universidade Estadual de Londrina. Ele explicou que os pombos devem ser capturados por redes lançadas por canhões e sacrificadas em câmaras de gás, como ocorre em frigoríficos. A necropsia dos animais indicará se eles poderão ser consumidos.