O MCCE, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, protocolou hoje às 15 horas um pedido ao Ministério Público Eleitoral para que sejam rejeitadas as contas de quatro candidatos eleitos em 2014, e investigadas a origem de recursos usados na campanha.
Segundo levantamento minucioso e pesquisa do MCCE nas declarações feitas pelos candidatos à Justiça, uma pessoa jurídica foi criada em MT para fazer doações a diversos candidatos, independente de partidos e opções políticas e ideológicas. Foi uma grande doadora. E a tal pessoa jurídica é propriedade de três empreiteiros que foram presos na Operação Lavato Jato, da Justiça Federal do Paraná, que investiga fraudes na Petrobrás.
Entre as infrações supostamente cometidas pelos candidatos estão a compra de votos, recebimento de recursos de fonte vedada, uso de caixa dois e a promíscua relação com a empresa arrolada nas fraudes na Petrobrás.
Segundo relata o coordenador do MCCE, Antonio Cavalcante Filho, “Nos queríamos fazer a impugnação de candidaturas e pedidos de rejeição de contas diretamente à Justiça Eleitoral, conforme permite o parágrafo terceiro do artigo 97 do Código Eleitoral. Mas o TRE entende que não temos legitimidade jurídica para isso. Assim levantamentos as evidências e estamos protocolando no Ministério Público Eleitoral”.
Pelo que consta da representação do MCCE houve cooptação de lideranças para capilarizar a compra de votos, também o uso de recursos públicos, doações de cooperativas e de empresas que recebem incentivos do governo, além daquela “enrolada” no escândalo da Petrobrás.
Na petição o MCCE pede a cassação dos estaduais José Eduardo Botelho, Oscar Bezerra e Mauro Savi, além do federal reeleito Nilson leitão. O requerimento do MCCE contem documentos fiscais, de modo que o Movimento resolveu não divulgar o teor, para não prejudicar o procedimento.