quarta-feira, 15/05/2024
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Mulheres são humilhadas e têm cabeças raspadas por traficantes

O interrogat&oacuterio acontece na cozinha de uma casa na Ladeira dos Tabajaras, na zona sul do Rio de Janeiro. O ch&atildeo est&aacute tomado por cabelos de tr&ecircs mulheres cortados &agrave for&ccedila. De cabe&ccedilas raspadas, elas s&atildeo questionadas a tapas e chineladas por traficantes do Comando Vermelho.

Em &aacutereas dominadas pelo crime organizado, criminosos estabelecem as leis e as respectivas penas para quem as infringe. No caso de mulheres, namorar pessoas de comunidades rivais, passar informa&ccedil&otildees sobre atividades dos traficantes &agrave pol&iacutecia, dever para a &quotboca de fumo&quot e at&eacute brigar em bailes s&atildeo alguns dos &quotmotivos&quot pass&iacuteveis deste tipo de tortura.

O&nbspUOL&nbspteve acesso a dois v&iacutedeos recentes em que mulheres t&ecircm cabe&ccedilas e sobrancelhas raspadas contra a vontade delas e que revelam que essa pr&aacutetica &eacute realizada em favelas no Rio e na Bahia.

O Disque-Den&uacutencia fluminense registrou 27 den&uacutencias de mulheres torturadas por traficantes desde o ano de 2013 at&eacute o presente momento. Conforme relatos an&ocircnimos que chegam ao servi&ccedilo, as adolescentes s&atildeo as maiores v&iacutetimas da a&ccedil&atildeo dos criminosos, que imp&otildeem suas regras em diversas comunidades do Estado.

Esse &eacute o caso de uma das tr&ecircs mulheres que foram interrogadas, no dia 5 de novembro, por traficantes da Ladeira dos Tabajaras, uma favela incrustada entre os bairros cariocas de Copacabana e Botafogo. Dominado pelo Comando Vermelho, o lugar possui uma UPP (Unidade de Pol&iacutecia Pacificadora) desde 2010.

Segundo o delegado Deocl&eacutecio Francisco de Assis Filho, policiais militares da UPP Tabajaras estavam atr&aacutes de criminosos da regi&atildeo quando fizeram uma batida em uma casa e encontraram as tr&ecircs mulheres e um grupo de traficantes. Eles teriam se escondido na casa e obrigado uma delas a dizer que era mulher de um deles. Todos foram levados pela PM para a delegacia e as tr&ecircs prestaram depoimento. Ao voltar para a favela, elas foram acusadas pelos traficantes de serem &quotX-9&quot (dedo-duro) e foram torturadas.

Assis Filho est&aacute &agrave frente da DPCA (Delegacia da Crian&ccedila e Adolescente) e diz que foi aberto um inqu&eacuterito, mas ele continua parado na delegacia porque as mulheres nunca voltaram para prestar depoimento e reconhecer os agressores. &quotO caso n&atildeo foi adiante. Dependia de elas voltarem &agrave delegacia para prestar depoimento&quot, disse o delegado.

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Paula Bianchi e Fl&aacutevio Costa

Do UOL, no Rio e em S&atildeo Paulo

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Parmenas Alt
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