quinta-feira, 23/05/2024
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O comissário Wayne Bvudzijena não soube dizer quantas pessoas foram presas nesta sexta-feira, mas afirmou que elas são suspeitas de “conexão com alguns crimes que foram cometidos no interior”. Os resultados das eleições no Zimbábue, ocorridas em 29 de mar

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, criticou nesta sexta-feira, 25, os Estados Unidos e Israel por não ter informado a tempo sobre a existência de uma suposta instalação nuclear clandestina na Síria, bombardeada no dia 6 de setembro pela aviação israelense. A CIA (agência central de inteligência americana) apresentou na quinta no Congresso americano uma série de provas, entre elas um vídeo, que segundo Washington demonstram que a Síria construía um reator nuclear que tinha fins militares com a ajuda da Coréia do Norte.

“O diretor-geral deplora o fato de que esta informação não foi entregue à agência a tempo, de acordo com suas responsabilidades sob o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) para verificar sua veracidade e estabelecer os fatos”, assinala a AIEA em comunicado. ElBaradei considerou que “o uso unilateral da força por parte de Israel solapa o processo estabelecido de verificação que se encontra no coração do regime de não-proliferação”.

A nota emitida em Viena diz ainda que a AIEA foi informada na quinta-feira pelas autoridades dos Estados Unidos da suposta construção de um reator nuclear na Síria. Segundo as informações recebidas pela agência em Viena, esse reator “ainda não estava em funcionamento e nenhum material nuclear tinha sido introduzido nele”. A AIEA assegura que “tratará esta informação com a seriedade que merece e que averiguará sua veracidade”.

Segundo o acordo de salvaguardas (controles) entre a AIEA e a Síria, as autoridades em Damasco estão obrigadas a informar à agência nuclear de antemão o planejamento e construção de qualquer instalação atômica. Sob o regime do TNP, assinado também pela Síria, a agência nuclear tem a responsabilidade de verificar qualquer alegação de proliferação nuclear em um país aderido que não disponha de um arsenal atômico. Em seguida, os inspetores da AIEA devem informar o resultado de suas investigações ao Conselho de Governadores da agência nuclear e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Negação

Damasco negou as acusações. O embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari, disse que a denúncia tem como único objetivo aumentar a pressão sobre o governo norte-coreano, que negocia a desativação de seu programa nuclear. “Isso é uma manipulação política”, disse.

O embaixador sírio nos EUA, Imad Mustafá, comparou o caso à alegação de que o Iraque tinha armas de destruição em massa, usada pelo governo Bush para atacar o país, em 2003. “Os EUA também mostraram ao Conselho de Segurança da ONU imagens como provas de que o Iraque tinha armas de destruição em massa”, afirmou Mustafá. “Espero que desta vez o povo americano não seja tão ingênuo.”

Funcionários do governo americano reconheceram, no entanto, que não encontraram urânio ou qualquer evidência de instalações para armazenar combustível nuclear. David Albright, presidente do Instituto de Ciência e Segurança Internacional e ex-inspetor da ONU, disse que ausência dessas evidências põem em dúvida a existência de um programa nuclear sírio. “Os EUA e Israel não identificaram nenhuma instalação de armazenamento de plutônio ou sinal de urânio”, disse Albright. “A ausência de combustível é curiosa e mostra que a Síria, provavelmente, não tinha um programa ativo para desenvolver armas nucleares.”

De acordo com diplomatas americanos, a comprovação de uma eventual cooperação nuclear entre Síria e Coréia do Norte poderia prejudicar tanto as negociações para a desativação do programa nuclear norte-coreano quanto um acordo de paz entre Síria e Israel. Mesmo assim, de acordo com funcionários do Departamento de Estado, os EUA estão dispostos a denunciar a aproximação dos dois países. “Trata-se de uma questão séria de proliferação nuclear, tanto para o Oriente Médio como para a Ásia”, afirmou o deputado republicano Pete Hoekstra, que participou da audiência.

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Parmenas Alt
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