Jamais um país teve três clubes semifinalistas da Libertadores. O Brasil conseguiu. Tem Palmeiras, que enfrentará o Atlético Mineiro. E o Flamengo, que terá pela frente o Fluminense ou o Barcelona. É a força do dinheiro
Mesmo que o Fluminense caia diante do Barcelona, em Guayaquil, os clube brasileiros já conseguiram algo inédito em 61 anos de disputa.
Jamais um mesmo país teve três semifinalistas da Libertadores da América.
É a vitória do poderio financeiro.
Os três clubes mais ricos do país conseguiram montar os elencos mais poderosos do continente sul-americano. Simples assim.
O Palmeiras já havia despachado o São Paulo, ontem, por 3 a 0.
O Flamengo e o Atlético Mineiro deram espetáculos diante do Olimpia e do River Plate.
O time de Renato Gaúcho voltou a golear os paraguaios. Se em Assunção, venceu por 4 a 1, em Brasília, ganhou por 5 a 1. Com direito a dois gols de Gabigol, Willian Arão, Bruno Henrique e Salcedo contra. Recalde descontou.
A distância entre os dois clubes pode ser medida no placar agregado. Flamengo 9 a 2.
A torcida no Mané Garrincha gritou, ao final da partida, o nome de quem ela considerou o responsável por mais 90 minutos de delírio: Renato Gaúcho.
Já no Mineirão, o Atlético Mineiro não teve o menor respeito pelo tradicional River Plate, de Marcelo Gallardo. E com uma atuação ofensiva, segura, a seleção montada pelo bilionário mecenas Rubens Menin voltou a vencer.
Se na Argentina, o jogo foi sofrido, com vitória suada, por 1 a 0, no Mineirão, o time de Cuca se impôs. Atuando de forma ofensiva, vibrante, sem dar chance ao River Plate.
O argentino Zaracho marcou dois gols. O primeiro, um golaço sensacional, de sem pulo. Hulk fez o seu encobrindo, com um toque sutil, o ótimo goleiro Armani. E Zaracho, de cabeça, selou o placar.
Com a derrota, o ciclo de Marcelo Gallardo deve ter terminado no River Plate.
As semifinais da Copa Libertadores estão desenhadas.
A primeira delas, sensacional.
Colocará Palmeiras e Atlético Mineiro frente a frente. Valendo vaga para a final.
O primeiro jogo será no Allianz Parque.
O segundo, e decisivo, no Mineirão.
O bilionário elenco montado com o apoio da Crefisa, maior patrocinadora da América do Sul, atual campeão da Libertadores, contra a seleção sul-americana articulada com o dinheiro da construtora MRV, que pertence a Rubens Menin. E que usa o time como grande atrativo dos torcedores para o estádio para 46 mil atleticanos, que está construindo em Minas Gerais.
Na outra semifinal, o poderoso Flamengo, mantido com o dinheiro do clube mais popular do Brasil, diante do surpreendente Fluminense ou do competitivo Barcelona, de Guayaquil.
Jamais um país viveu essa realidade.
O Brasil se firma como o país mais poderoso no futebol sul-americano.
Não pelo talento nato de seus jogadores.
Mas pelo dinheiro.
Os elencos dos três classificados são os mais caros do continente.
E contam com três treinadores campeões da Libertadores.
Nada é por acaso no futebol moderno, capitalista.
A explicação dos três semifinalistas brasileiros é financeiro…
COSME RÍMOLI | Do R7