terça-feira, 14/05/2024
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PF aponta Lorenzetti assessor de Lula como responsável por operação

A Polícia Federal concluiu que Jorge Lorenzetti, ex-coordenador do setor de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, foi o articulador da operação de compra do dossiê Vedoin. A conclusão está no relatório parcial entregue na sexta-feira, 20, pelo delegado Diógenes Curado ao juiz da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, Jefferson Scheinneder.

De acordo com o texto, Lorenzetti coordenou os demais petistas que se envolveram na tentativa de compra do dossiê – montado para tentar estabelecer a ligação de tucanos com a chamada máfia dos sanguessugas e assim prejudicar as candidaturas do PSDB. “Ele (Lorenzetti) pediu que Gedimar Passos fizesse o contato inicial com Valdebran Padilha, dando funções específicas a Expedito Veloso e Oswaldo Bargas”, afirmou o relatório a certa altura.

Gedimar (ex-policial federal), Veloso (ex-diretor do Banco do Brasil) e Bargas (ex-funcionário graduado do Ministério do Trabalho) também trabalhavam no setor de inteligência da campanha de Lula. Em 15 de setembro, Gedimar e Valdebran, caixa de campanhas do PT em Mato Grosso, foram presos num hotel de São Paulo com R$ 1,75 milhão que seria usado na compra do dossiê.

Em 15 páginas, o relatório detalha o plano para montagem, compra e divulgação do dossiê. O texto descreve de forma sintética os depoimentos de dez pessoas relacionadas com o episódio e se refere à inquirição em que o próprio Lorenzetti admitiu ter sido o principal operador da ofensiva. “Ele disse que articulou todos os contatos com a família Vedoin”, registra o relatório, numa referência ao clã de empresários que chefia a máfia dos sanguessugas.

O documento serviu para o delegado da Polícia Federal pedir ao juiz mais prazo para concluir as investigações e sugerir novas diligências. Entre as recomendações, está a de que seja tomado o depoimento do senador Aloizio Mercadante, candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo.

Sem citar o nome, Curado também pede que seja ouvido o “responsável pela revista IstoÉ”, que publicou uma entrevista na qual os Vedoin acusavam os tucanos de favorecer a máfia. A publicação é um produto da Editora Três, cujo editor e diretor é Domingo Alzugaray.

Segundo o relatório, o dinheiro apreendido no hotel veio do PT e sua origem é “ilícita” – apesar disso, o texto não aponta os doadores dos recursos. O texto se refere a US$ 110 mil, em cédulas numeradas repassadas pelo banco Sofisa a rede de doleiros, e fala também de uma pequena parcela de R$ 5 mil, identificada como vinda do bicheiro Antônio Petrus Calil Calil, o Turcão.

Citado por Gedimar como a pessoa de quem partiu a ordem para que fosse feito o pagamento aos Vedoin, Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não aparece nas conclusões do relatório. O texto registra apenas que , ouvido pela PF, Godoy negou envolvimento com o caso.

OE

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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