quinta-feira, 06/06/2024
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PF não consegue cumprir mandados e a operação continua em MT

Dessa forma, os policiais permanecem em diligências nesta tarde que devem se estender pelos próximos dias. “Vai levar o tempo que for preciso para cumprimento desses mandados devido a complexidade dos fatos investigados”, justificou o delegado regional, Wilson Rodrigues de Souza Filho, que preside as investigações. Houve 3 conduções coertivas, quando a pessoa é conduzida somente para prestar esclarecimentos. Mas no total, o delegado tomou depoimentos de 5 pessoas, pois 2 delas foram interrogadas devido intimações decorrentes dos inquéritos em andamento.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta tarde da sede da Polícia Federal em Cuiabá, o delegado evitou falar em valores dos imóveis comprados por investigados que se utilizavam de “laranjas” para registrar os imóveis e utilizavam como pagamento dinheiro obtido de forma ilegal.

Ele também desconversou quando questionado sobre possíveis valores de dinheiro apreendido nos locais em que os mandados já foram cumpridos. Justificou que ainda não tinha um balanço parcial uma vez que os policiais continuavam em diligências.

 

Chico Ferreira

Wilson Rodrigues é o delegado da PF que preside as investigações nessa fase

O delegado não quis confirmar quais tipos de bens, documentos e mídias foram apreendidos a exemplo de fases anteriores da Ararath em que houve apreensões de computadores, midias digitais, dinheiro e veículos de luxo. “Não existe um fechamento de dinheiro em espécie. Na verdade, a gente não está nem afirmando se houve apreensões em espécie. Não houve a conclusão das buscas nesse sentido ainda”, desconversou.

O foco dessa investigação nessa etapa é o segmento de promoção imobiliária e compra e venda de imóveis. As buscas nas 44 empresas, segundo o delegado, visam a coleta de provas que precisarão ser analisadas e poderão subsidiar novas fases da Ararath. “ A gente não pode afirmar nada nesse momento”, disse ele quando questionado sobre a realização de mais etapas da operação.

Porém, Wilson Rodrigues sinalizou que as investigações que tiveram início em novembro de 2013 devem se estender por anos ainda. “Pode-se dizer assim que a investigação está entre entre o início e o meio. Tem muita coisa a ser apurada ainda”, destacou o delegado ao explicar que ainda existem 14 inquéritos policiais da Ararath em andamento, todos sigilosos, além das ações penais que já tramitam na Justiça Federal.

Irregularidades

Por lei, as empresas do setor imobiliário são obrigadas a reportar transações imobiliárias suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), orgão do Ministério da Fazenda. O objetivo é auxiliar as autoridades no combate ao crime de lavagem de dinheiro. Não cumprir esse conjunto de regras pode render às companhias responsabilidades administrativas que podem implicar sanções que vão desde multa (pode chegar a R$ 20 milhões) ao fechamento compulsório do negócio.

No caso das empresas alvos da 11ª fase da Operação Ararath, essa comunicação não aconteceu como deveria. E, isso motivou os pedidos de buscas e apreensões feitos pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) e aceitos pelo juiz Jeferson Schneider, titular da 5ª Vara Federal de Cuiabá, que decretou as ordens judiciais.

De acordo com o delegado Wilson Rodrigues de Souza, as informações iniciais são no sentido de que não houve comunicação por parte das empresas ao Coaf sobre transações consideradas suspeitas. “Ainda assim a gente não pode fazer uma afirmação categórica”, disse ele explicando que as buscas e apreensões possuem esse objetivo, de coletar informações e provas de possíveis crimes envolvendo lavagem de dinheiro e corrupção por parte de investigados na Ararath que adquiriram imóveis dessas empresas mas colocaram em nomes de “laranjas”.

Prisões em flagrante

Durante diligências, os agentes da PF realizaram 2 prisões em flagrante por posse ilegal de arma de fogo sendo uma delas de uso restrito e outra de uso permitido. Foram presos os empresários Amir Maluf e Marcos Maluf, diretores do Grupo São Benedito. No entanto, horas depois, o juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá acatou pedidos das defesas e determinou a soltura de ambos.

Na casa de Amir foi encontrada um revólver calibre 357, de uso restrito de forças policiais. No caso de Marcos Maluf, os agentes localizaram um revólver calibre 32, de uso permitido. Na audiência de custódia, o magistrado arbitrou a cada um dos empresários uma fiança de R$ 17,6 mil (20 salários mínimos).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com Gazeta Digital/Welington Sabino

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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