sexta-feira, 07/06/2024
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Professores da UFMT vão discutir indicativo de greve dia 15 de junho

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) marcaram para o dia 15 de junho, às 14 horas, a assembleia geral, na qual vão apreciar o indicativo de greve, proposto pela categoria na assembleia de hoje
(09.06.2011) pela manhã.

Conforme o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT S.Sind.), professor Carlos Alberto Eilert, embora a proposta de indicativo de greve tenha sido colocada na assembleia geral de hoje, uma nova plenária será convocada, com pauta única, para haver tempo de toda acategoria ser informada sobre essa intenção de paralisação e para que todos e todas possam intervir nesse debate, se posicionar e deliberar em um coletivo mais amplo.

Conforme discutiram os professores da UFMT, um indicativo de greve docente é urgente em um contexto de risco de congelamento dos salários do funcionalismo federal até 2019, conforme prevê o Projeto de Lei Complementar 549/2009, em trâmite no Congresso Nacional; diante de diversas outras greves na Educação em andamento; diante também da greve dos servidores
técnico-administrativos da UFMT, deflagrada na última segunda-feira, dia 6; devido à aprovação da Medida Provisória 525, ontem (08.06.211), no Congresso Nacional, autorizando a admissão de professores temporários nas universidades federais, o que a categoria entende como precarização de contratos e perda de direitos trabalhistas; por causa do sucateamento da
estrutura física da UFMT; e ainda mediante o diálogo com o Governo Federal que há 12 anos não avança, angustiando as bases do Movimento Docente.

Eilert destacou que, nos últimos 12 anos, os professores da UFMT tiveram mais de 152% de perdas salariais.

O professor Carlos Roberto Sanches, vice-presidente da regional Pantanal do
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), destacou que os professores das universidades federais, na
pirâmide dos servidores federais, são os que recebem hoje os menores salários.

O professor Alcides Teixeira, do departamento de Engenharia da UFMT, defendeu a construção de uma greve, para que a categoria se faça ouvir.
Segundo ele, além da questão salarial, em seu departamento faltam carteiras em sala de aula, os banheiros são verdadeiras pocilgas e no último concurso não apareceram candidatos doutores, o que, na visã dele, sinaliza o
distanciamento de bons intelectuais, que se recusam a receber a remuneração atual.

O professor Roberto Boaventura, do departamento de Letras, reforçou que os
salários dos professores da UFMT estão efetivamente afastando profissionais
e que esse mesmo problema está ocorrendo em seu departamento onde,
historicamente, sobram “toneladas” de candidatos em concursos.

A professora Marluce Souza, do departamento de Serviço Social, lembrou do
adoecimento da categoria, um adoecimento que, na visão dela, é
psicossomático, causado por problemas trabalhistas. Ela destacou, por
exemplo, a insalubridade do ar nas salas de aula. E reforçou o coro de quem
defende uma possível greve.

Na assembléia de hoje, os docentes da UFMT aprovaram uma moção de apoio à
greve dos servidores técnico-adminstrativo da UFMT e às demais greves na
educação, assim como no serviço público federal em andamento no Estado de
Mato Grosso.

Para mais esclarecimentos: Carlos Alberto Eilert: (65) 99714457 ou (65)
8419-1954.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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