terça-feira, 14/05/2024
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Secretaria de Saúde de Cuiabá divulga Informe Epidemiológico sobre a COVID-19

OS casos notificados até 18 de abril

A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde divulgou o terceiro Informe Epidemiológico sobre a COVID-19, que tem como objetivo monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG pelo Coronavírus-2019 em residentes no município de Cuiabá. O trabalho é elaborado em parceria com Instituto de Saúde Coletiva e Faculdade de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso.

Casos notificados de SRAG

Até o dia 18 de abril de 2020 foram notificados em Cuiabá 355 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Desses 22,9% (81) aguardam o resultado do exame para COVID-19. Entre aqueles com o resultado (273), 168 (61,5%) foram descartados e 105 (38,5%) resultou positivo para COVID-19, sendo 90 residentes em Cuiabá.

Casos confirmados de residentes em Cuiabá-MT

Foram 90 casos notificados de COVID-19 em residentes em Cuiabá até 18 de abril indicando crescimento de cerca de 64,0% (35 casos) na última semana ou 05 casos/dia. Na semana anterior o crescimento havia sido de 03 casos/dia. Mais da metade dos casos de COVID-19 em Mato Grosso são de residentes na capital. A taxa de incidência foi de 14,7 casos/100.000 habitantes, bem mais elevada que a incidência em Mato Grosso (4,9/100.000 habitantes). Nesta semana ocorreu o primeiro óbito (15 de abril) desde a notificação do primeiro caso em 14 de março, resultando em taxa de letalidade de 1,1%.

Entre os 90 casos confirmados de COVID-19, os primeiros sintomas ocorreram em 12 de março, sendo o primeiro caso notificado no dia 14 de março. O tempo médio entre a coleta de exames e a entrega dos resultados foi de 3,7 dias, sendo quase a metade dos exames realizados no Laboratório Central de Mato Grosso (LACEN-MT). Somente oito indivíduos referiram ter viajado em período anterior ao início dos sintomas, desses quatro para o exterior.

A taxa de internação no período foi de 28,9%. Entre os internados (26) 34,6% ocuparam leitos de UTI e oito (30,8%) fizeram uso de suporte ventilatório, sendo um deles do tipo invasivo. Entre os casos confirmados de COVID-19 residentes em Cuiabá (90) a maioria 64,4% (58) é do sexo feminino. A idade média é 44 anos, sendo o mais novo com 04 anos e o mais velho com 79 anos. Cerca de 76,0% dos casos se concentra no grupo de 30 a 59 anos e os idosos representaram 10,0% (9) dos casos. Em relação à raça/cor 58,0% eram preta/parda e 40,0% branca. Cerca de 74,0% dos casos tinham nível superior e um quinto profissional da área da saúde. Os principais sintomas relatados foram tosse (60), febre (55), desconforto respiratório (35), dor de garganta (31), cefaleia (29) e dispneia (25). Cerca de 25,0% (23) dos casos referiram comorbidades isoladas ou associadas, entre elas prevaleceram doença cardiovascular crônica (7), hipertensão arterial (5), diabetes mellitus (5), imunodeficiência (4) e asma (4).

O indivíduo que veio a óbito era do sexo masculino, branco, 79 anos, com nível médio de escolaridade. Em 02 de abril apresentou os primeiros sintomas (febre, diarreia, tosse, dispneia e desconforto respiratório) tendo sido internado em 14 de abril, no mesmo dia transferido para a UTI, pela necessidade do suporte ventilatório invasivo. Também, no dia 14 realizado coleta de material (secreção naso-orofaringe) para exame de RT-PCR realizado pelo LACEN-MT.

Distribuição Geográfica

Observa-se a ampliação da distribuição geográfica dos casos, tendo em vista que em 13 de abril havia 31 bairros atingidos e em 18 de abril o número elevou para 49, com maior número de casos nos bairros Morada da Serra (6), Jardim Imperial (5), Bosque da Saúde (4), Duque de Caxias (4), Jardim Itália (4) e Parque Atalaia (4).

Existem vários estudos mostrando que o distanciamento social, feito em conjunto com o isolamento de casos, e a investigação de contatos, são as únicas ferramentas efetivas disponíveis para o controle da pandemia até o presente momento. Daí a necessidade de se fortalecer essas medidas como estratégia para o controle da COVID-19.

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Parmenas Alt
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