domingo, 12/05/2024
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Síria afirma que aceitará acordo com Liga Árabe para encerrar violência

A Síria afirma que aceitou o plano proposto pela Liga Árabe para tentar pôr fim aos oito meses de violência no país e que espera assinar o acordo em breve, segudo informou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores sírio, Jihad al Makdest.

De acordo com o porta-voz, o ministro das Relações Exteriores, Walid al Moallem, "respondeu positivamente" ao pedido da Liga e enviou uma carta ao chefe da organização, Nabil Elaraby, na noite de domingo.

"A intenção é assinar o protocolo em breve", declarou Makdest a jornalistas na capital da Síria, Damasco.

Fontes diplomáticas da Liga Árabe no Cairo, que pediram anonimato, confirmaram à agência Efe que a Síria respondeu ao ultimato, mas disseram desconhecer o conteúdo da resposta.

As fontes acrescentaram que neste momento o secretário-geral da Liga, Nabil al Arabi, está em uma reunião com seus assistentes para estudar a mensagem do regime sírio.

A Liga Árabe havia dado um novo prazo até o domingo passado para que as autoridades sírias assinassem um acordo para acabar com a repressão militar aos protestos populares. Se o regime aceitasse o acordo, poderia evitar uma série de sanções aprovadas pelos países do grupo em 27 de novembro, quando um ultimato anterior foi ignorado por Assad.

Entre outros pontos, o plano da Liga prevê a autorização para a visita de observadores internacionais para garantir o cumprimento do cessar-fogo por parte das forças de segurança sírias, o que era rejeitado por Assad, que afirmava que isso poderia comprometer a soberania do país.

SANÇÕES

Depois das sanções ocidentais para conter a repressão, que segundo a ONU deixou 4.000 mortos desde março, a Liga Árabe aumentou o isolamento do regime de Bashar Assad ao adotar sanções no último dia 27 de novembro.

As principais foram o congelamento das transações comerciais e financeiras com o governo sírio, incluindo o banco central do país, e de suas contas bancárias nos países árabes.

No sábado, um encontro da Liga Árabe em Doha, no Qatar, aprovou uma lista de 19 pessoas que seriam proibidas de viajar para os Estados árabes e teriam seus ativos nesses países congelados. Entre elas, está o irmão mais novo de Assad, Maher, além dos principais chefes dos serviços de segurança, o homem de negócios Rami Makhluf, primo do presidente, e os ministros da Defesa e do Interior.

A reunião antecipou também a proibição de toda a venda de armas árabes à Síria e a redução à metade dos voos para Síria a partir de meados de dezembro.

Ainda durante o encontro, uma comissão técnica foi encarregada de elaborar uma lista de homens de negócios ligados ao financiamento das operações da repressão para sancioná-los.

RESOLUÇÃO DA ONU

Na sexta-feira, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou em Genebra uma resolução condenando o regime do ditador Bashar Assad pelas "grosseiras e sistemáticas" violações perpetradas por suas forças de segurança desde março, quando os protestos pela renúncia do líder começaram.

O texto aprovado pressiona, de forma indireta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas a tomar "ações apropriadas contra a Síria", seja através do Tribunal Penal Internacional (TPI), ou por meio de resoluções mais contundentes contra o regime.

O Conselho composto por 47 membros analisou a proposta de resolução apresentada pela União Europeia. O texto foi aprovado por 37 países. Quatro votaram contra (China, Rússia, Equador e Cuba) e seis se abstiveram (Angola, Bangladesh, Camarões, Índia, Filipinas e Uganda).

Embora tenha apoiado que houvesse uma sessão extraordinária para discutir o relatório que revelou crimes contra a humanidade na Síria, o Brasil não teve direito a voto durante a análise da resolução por não ser membro do Conselho neste momento, informou o Itamaraty à Folha por telefone.

Entre as violações identificadas pelas Nações Unidas estão execuções (incluindo crianças), e sérios crimes contra a humanidade. Na quinta-feira, a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que o país se encontra em estado de guerra civil.

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Parmenas Alt
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