terça-feira, 14/05/2024
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SPC: 62% dos inadimplentes ignoram taxas cobradas por bancos

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mostra que 62% dos consumidores inadimplentes não se interessam em buscar informações a respeito das taxas de juros cobradas por bancos e financeiras na concessão de empréstimo ou financiamento para aquisição de bens. Segundo a economista da CNDL Ana Paula Bastos, o desinteresse dos consumidores é explicado pela falta de educação financeira.

 

 

 

 

 

"Eles não se interessam, não sabem como procurar, como ver se os juros estão embutido ou não. Apenas veem se a prestação cabe no bolso. Se a compra é dez prestações de R$ 10, mas o produto custa, na verdade, R$ 80, não importa: a conta é quanto cabe no bolso. E seria ótimo se tivesse essa visão porque a cada dia mais a taxa de juros vai ser pressionada para baixo. É a oportunidade de aproveitar esse momento de baixa nos juros para renegociar as dívidas", afirmou a economista.

 

 

 

 

 

Segundo Ana Paula Bastos, os inadimplentes são mais imaturos também por não saber lidar com o dinheiro: 51% dos devedores têm entre 18 e 34 anos, início da vida profissional, enquanto 74% dos bons pagadores têm mais de 35 anos. "Os adimplentes estão mais maduros, há mais tempo no emprego, estão planejando melhor suas contas. Os inadimplentes estão entrando agora no mercado, ainda compram muito por impulso", disse.

 

 

 

 

 

As mulheres são as mais inadimplentes: 52% delas estão com pelo menos uma fatura com atraso superior a 90 dias, contra 48% dos homens. No entanto, elas também são as mais fiéis no pagamento das dívidas: 63% delas estão adimplentes, contra 37% dos homens. Ana Paula Bastos explica que as mulheres têm assumido mais contas em casa, mesmo que com salários inferiores aos dos homens.

 

 

 

 

 

"Hoje podemos observar uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho. Elas estão mais responsáveis pelas contas, tomam mais decisões, mas ela ainda ganha menos que os homens. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mulher ganha, em média, 2,8 salários mínimos, enquanto o homem recebe 3,5 salários mínimos. Elas estão assumindo mais compromissos com menores salários", afirmou.

 

 

 

 

 

A pesquisa foi feita durante o mês de outubro, com dois universos distintos de entrevistados: em primeiro lugar foram entrevistados 609 consumidores com contas em atraso há mais de 90 dias; num segundo momento, os pesquisadores da UFMG entrevistaram 668 adimplentes.

 
 
 
 
 
 
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Parmenas Alt
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