terça-feira, 14/05/2024
InícioArtigosSuicídio como resposta

Suicídio como resposta

Poucos títulos podem ser mais irônicos do que “Happy End”, filme de Michael Haneke que representou a Áustria no Oscar. O tema do suicídio é recorrente e o a obra começa com uma personagem de 13 anos matando seu hamster com comprimidos que eram tomados pela mãe depressiva.

A obsessão pela morte é constante com a própria menina tentando se matar ao descobrir que o pai trai a segunda esposa e ainda com o seu avô realizando duas tentativas, fugas de uma família repleta de problemas. O que impressiona é como o tema é tratado com naturalidade.

A estética do filme se vale de celulares e mídia social como mecanismos de comunicação entre personagens que mal se falam e que pouco se relacionam entre si. Curiosamente é um dos melhores e mais diretos diálogos é justamente entre a menina e o avô, ambos responsáveis por assassinatos.

Numa sociedade em que os suicídios deixaram de ser fatos curiosos ou distantes para entrar praticamente nas rotinas de todos, seja no trabalho ou na família, o filme levanta pontos essenciais sobre como como e por que a existência parece se tornar cada vez menos atraente para muitos.

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

2 + 9 =

- Publicidade -

Mais Visitadas

Comentários Recentes