terça-feira, 14/05/2024
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TRIP GIRL: CLAUDINHA GONÇALVES

Claudinha Gon&ccedilalves, 31 anos, quer deixar um legado. Ela &eacute uma das surfistas mais vitoriosas do Brasil e pretende ajudar outras mulheres a se darem bem, assim como ela, no esporte que tanto ama e para o qual dedicou sua vida. Natural do Guaruj&aacute (SP), ela se mudou com a fam&iacutelia para a praia do Franc&ecircs (AL) quando tinha 5 anos. Seu pai, que sempre pegou onda, largou a carreira de piloto comercial de avi&atildeo e abriu uma pousada nesse peda&ccedilo de para&iacuteso a poucos quil&ocircmetros de Macei&oacute. &quotNa &eacutepoca, ainda era uma vilinha de pescadores, parecia o Caribe, mas com uma diferen&ccedila: recebe a mesma ondula&ccedil&atildeo de Fernando de Noronha &ampndash uma onda bem tubular em bancada de areia. A &uacutenica coisa que tinha para fazer era brincar com a natureza&quot, conta ela. Foi nesse ambiente meio&nbspLagoa azul, como ela gosta de dizer, que Claudinha cresceu e aprendeu a surfar &ampndash dali s&oacute sa&iacutea com o irm&atildeo mais velho para ir para a escola na capital.

Quase dez anos ap&oacutes a mudan&ccedila, aos 14, ela se inscreveu em um campeonato de surf s&oacute para meninas no Guaruj&aacute, onde sempre passava as f&eacuterias na casa da av&oacute. Finalista da competi&ccedil&atildeo, recebeu uma proposta de patroc&iacutenio para correr o circuito nacional. Maravilhada com a possibilidade de viver do surf e aperfei&ccediloar sua t&eacutecnica, a adolescente decidiu que era hora de regressar para a cidade litor&acircnea onde nasceu. &quotFalei para o meu pai que queria ser surfista profissional, que ia ganhar um sal&aacuterio para competir, mas ele disse que eu ia voltar para a minha realidade e para a escola.&nbspComo sempre lutei pelo o que eu quero, depois de muita confus&atildeo e de uma interven&ccedil&atildeo da minha m&atildee, a gente entrou em um acordo: eu poderia ficar se fosse morar com a minha av&oacute e continuasse os estudos.&quot

Claudinha ganhou tudo o que p&ocircde no Brasil e passou sete anos percorrendo o mundo enquanto disputava o WQS &ampndash por tr&ecircs vezes ficou por uma vaga para entrar para o WCT. Na mesma &eacutepoca, quando estava entre as dez melhores surfistas do mundo, cursava a faculdade de jornalismo. &quotPara mim era normal usar dois passaportes por ano, acordar &agraves 5 da manh&atilde, porque &agraves 5h40 eu tinha nata&ccedil&atildeo, &agraves 7h40, condicionamento f&iacutesico, na sequ&ecircncia ioga e dois treinos de surf. &Agrave tarde, mais treino de surf, e faculdade &agrave noite. Foi assim dos 14 aos 27.&quot Por causa dessa rotina louca ela virou tema do reality show&nbspBatom e parafina, exibido pelo Multishow. O sucesso do programa foi tanto que logo ap&oacutes o seu t&eacutermino ela ganhou de Guilherme Zattar, diretor-geral do canal de entretenimento e criador do canal OFF, um programa pr&oacuteprio chamado&nbspSe joga!, faixa de 2 horas dentro do Multishow destinadas s&oacute a esportes radicais, em que Zattar, segundo Claudinha, queria testar a resposta do futuro p&uacuteblico do OFF.

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A agenda louca e as advers&aacuterias dentro da &aacutegua n&atildeo foram os &uacutenicos obst&aacuteculos que ela precisou superar na carreira. Sua beleza tamb&eacutem foi um deles. A surfista profissional diz que escutou demais que muitas das oportunidades que teve foi por ser bonita. &quotEu n&atildeo encarava isso numa boa e criei um escudo.&nbspAt&eacute na maneira de falar e de me portar &ampndash eu n&atildeo dava dois beijinhos, cumprimentava batendo na m&atildeo e dando um soco, como os surfistas fazem&quot, recorda ela. &quotO surf &eacute um meio muito machista e 99% da minha galera &eacute homem. Eu queria ser vista como um deles. Queria ser respeitada e estar inserida por ser quem eu sou, n&atildeo por ser bonitinha, por algu&eacutem achar que vai me pegar. A&iacute, pelas minhas atitudes, meus amigos falavam que, para eles, eu era igual moleque. Ufa! Isso soava como miss&atildeo cumprida.&quot Nessa &eacutepoca, negou dois convites da&nbspTrip&nbsppara fazer um ensaio que hoje, confort&aacutevel e madura, prop&ocircs fazer em uma ida a Venice Beach.

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O &uacutenico h&aacutebito que ainda persiste dessa fase de autoafirma&ccedil&atildeo &eacute o de n&atildeo pentear o cabelo. Ali&aacutes, ela nunca penteia, nem possui escova de cabelo em casa. &quotEu me visto de protetor solar e &aacutegua salgada&quot, diz Claudinha que teve poucos relacionamentos na vida, todos muito longos, um deles o noivado de cinco anos com o campe&atildeo mundial de surf Adriano de Souza, o Mineirinho. &quotSempre tive algu&eacutem e acho que eu preciso ficar um tempo sozinha. Minha fase atual &eacute o por que n&atildeo? Hoje estou completa, feliz com minhas atitudes e escolhas.&quot

Depois que se formou, em 2011, apareceram diversas oportunidades na TV, enquanto no surf acontecia o contr&aacuterio. O circuito brasileiro foi extinto e o Mundial j&aacute n&atildeo lhe interessava tanto. Foi quando lhe foi feito o convite para apresentar o programa&nbspSal &amp Sol, no OFF. &quotPassei a vida percorrendo os palcos mais desejados por todos os surfistas e, de repente, comecei a fazer um roteiro completamente diferente, com uma equipe 100% feminina. Revi meus valores e percebi que fiquei a vida toda correndo atr&aacutes de um t&iacutetulo, de um trof&eacuteu. Eu parecia um rob&ocirc. Hoje, enxergo o surf como algo al&eacutem de uma competi&ccedil&atildeo, como um estilo de vida que nunca vou perder.&quot

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Dona de sua pr&oacutepria produtora, Claudinha atualmente apresenta dois programas no canal:&nbspPor elas&nbspe&nbspNo meu lugar. Um terceiro, programado para estrear em janeiro de 2017, chamado&nbspCol&ocircnia de f&eacuterias, vai mostrar as seis melhores surfistas sub-16 do Brasil em um surf camp no Panam&aacute. &quot&Eacute parte de um projeto que estou criando para formar uma base de surf feminino no pa&iacutes e retomar a modalidade que est&aacute completamente abandonada por aqui. Quero dar uma oportunidade para essa nova gera&ccedil&atildeo e retribuir tudo o que o esporte me deu. &Eacute um dos meus maiores sonhos.&quot Os outros s&atildeo se dedicar ao surf de ondas grandes e surfar ondas que nenhuma ou poucas mulheres j&aacute surfaram. &quotVou em dezembro para o Hava&iacute para praticar para o circuito feminino de ondas grandes da WSL, que come&ccedila em 2017. No ano que vem tamb&eacutem vou fazer uma expedi&ccedil&atildeo atr&aacutes de tr&ecircs ondas na &Aacutefrica que nunca foram surfadas por mulheres.&quot

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POR&nbspPITI VIEIRA&nbsp&lta href&quothttp:&quot&quot revistatrip.uol.com.br&quot&quot revista&quot&quot trip&quot&quot 259&quot&quot&quot style&quotbox-sizing:&quot&quot border-box&quot&quot outline:&quot&quot 0px&quot&quot !important&quot&quot color:&quot&quot rgb(255,&quot&quot 255,&quot&quot 255)&quot&quot text-decoration:&quot&quot none&quot&quot transition:&quot&quot all&quot&quot 0.2s&quot&quot ease&quot&quot background-color:&quot&quot transparent&quot&quot&quot title&quottrip&quot&quot edi&ccedil&atildeo&quot&quot&gtTRIP 259

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Parmenas Alt
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