sábado, 08/06/2024
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Vídeo mostra “fogo amigo” dos EUA no Iraque

Um jornal britânico publicou hoje transcrições do que diz ser um vídeo feito na cabine de um avião norte-americano que está no centro de uma investigação sobre um “fogo amigo” no Iraque que deixou um soldado britânico morto. O The Sun disse que o vídeo revela que os pilotos, cientes de que atingiram um comboio de veículos britânicos, disseram “Droga” e “Estamos na cadeia, cara”.
O cabo Matty Hull foi morto perto da cidade iraquiana de Basra em março de 2003, quando dois A-10 norte-americanos atiraram duas vezes contra o comboio britânico. A gravação, cujos trechos foram apresentados pela rádio BBC e a Sky Television, mostra como antes de atirarem os pilotos discutem se podem ver painéis laranja ¿ que mostram a aviões aliados que um comboio é amigo ¿ no topo dos veículos blindados.

Eles concluem que os objetos laranja seriam disparadores de foguetes e atacam o comboio.

O Ministério da Defesa (MoD) disse em comunicado: “Essa gravação é propriedade do governo dos Estados Unidos e o MoD não tem o direito de divulgá-la sem sua permissão”. Uma investigação sobre a morte de Hull foi adiada na semana passada, depois que o juiz disse que não tinha escolha a não ser adiar seu veredicto até que a gravação do incidente fosse fornecida pelo governo, já que ela foi considerada como material confidencial.

Na semana passada, ao saber da existência do vídeo, a viúva do soldado britânico, Susan, disse que era uma “autêntica desgraça” o fato de que haviam prometido que o material não existia. Hull morreu em conseqüência dos graves ferimentos sofridos no carro de combate Scimitar, que fazia parte de um comboio de couraçados que avançava perto da cidade iraquiana de Basra quando foi atacado por um avião A-10 dos Estados Unidos.

Erros graves
O Sun afirma que os pilotos americanos cometeram vários erros graves. O jornal diz que “não há nada secreto” na gravação, que, no entanto, é extremamente “embaraçosa” para os militares. O incidente aconteceu em 28 de março de 2003, sete dias após o início da invasão do Iraque para derrubar Saddam Hussein.

Os dois caças estavam terminando uma missão de duas horas para destruir a artilharia e os lança-foguetes de uma das divisões couraçadas iraquianas, a cerca de 40 quilômetros de Basra.

O comboio britânico estava numa região que não devia ser atacada. Os quatro veículos usavam bem visíveis, na parte superior, lonas de cor laranja, que identificavam os carros aliados.

Segundo o jornal, os pilotos não comunicaram aos controladores os dados precisos para estabelecer a identidade do comboio, confundiram as lonas laranjas com lança-foguetes, atacaram sem esperar o sinal verde e repetiram o ataque quando ainda não estava clara a identidade dos veículos.

Os dois pilotos participantes do ataque são supostamente um tenente-coronel e um major americanos.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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