Luiz Gonzaga Belluzzo vai deixar para seu sucessor no Palmeiras, que será escolhido nesta quarta-feira, um time que não deu certo e com o maior prazo de validade entre os membros do trio de ferro de São Paulo.
Segundo dados oficiais dos contratos registrados na federação paulista, os integrantes do time-base palmeirense têm, em média, ainda longos 34 meses de contrato para serem cumpridos.
No Corinthians, os titulares de Tite têm, também na média, 25 meses de contrato pela frente. No São Paulo, esse número é ainda menor –fica em 21 meses.
Nada menos do que quatro titulares palmeirenses têm vínculo com o clube até 2014 (caso do zagueiro Maurício Ramos) ou 2015 (são exemplos o goleiro Deola e o atacante Kleber). A política de Belluzzo foi a de fazer contratos longos mesmo com jogadores que eram só apostas.
O atacante Tadeu, por exemplo, que pouco foi utilizado por Luiz Felipe Scolari, assinou por três anos e ficará no clube até 2013. Outra aposta, o zagueiro Leandro Amaro assinou até 2014.
Mais longo ainda foi o acerto com Tinga, por extensas cinco temporadas.
O próximo presidente palmeirense –são candidatos Arnaldo Tirone, Salvador Hugo Palaia e Paulo Nobre– terá, dessa maneira, de se desdobrar caso queira fazer uma renovação no elenco.
Isso porque dispensar jogadores com contratos longos não é tão simples. O clube teria que pagar altas multas rescisórias aos atletas.
Ainda mais com a política de salários elevados do clube –a folha de pagamento é estimada em R$ 6 milhões.
Alguns dos jogadores com longos vínculos, como o volante Márcio Araújo, cujo contrato vai até o final de 2013, têm ganhos mensais superiores a R$ 120 mil.
O chefe dos jogadores também custa caro e tem contrato longo. Luiz Felipe Scolari, R$ 700 mil por mês, assinou com o Palmeiras até o encerramento da temporada 2012.
