quarta-feira, 29/05/2024
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Estudante tenta matar colega dentro de escola

Estudante de 13 anos tenta matar colega de 12 anos dentro de escola. Vítima foi espancada e sofreu perfurações de faca no pescoço. Segundo parecer médico, por menos de um centímetro a criança não teve a artéria perfurada, o que causaria sua morte. Tentativa de homicídio ocorreu dentro da Escola Estadual Maria Macedo Rodrigues, no bairro Mapim, em Várzea Grande, na manhã de segunda-feira (3). O crime teria sido premeditado desde a sexta-feira (30), segundo confirmou o acusado.

 

Internauta

A vítima J.P.S.V., estudante do sexto ano, disse que estava no pátio da escola, onde várias turmas tinham aula de educação física, por volta das 8h da manhã. Foi quando o colega e autor do crime P.G.R.A. o chamou. Disse que havia uma bola de futebol guardada em uma obra, no terreno da escola. Falou que deveriam ir buscá-la para jogar com ela. O estudante não desconfiou e acompanhou o agressor até o local que seria uma construção abandonada, no terreno da escola. Ao entrar com ele, passou a ser agredido na cabeça e caiu.

Continuou a levar socos e chutes e ainda atordoado foi atingido pelos golpes de faca. Então, desmaiou. Quando acordou viu que estava sozinho e ficou com medo de voltar pelo pátio da escola. Então, ferido e sangrando, pulou o muro que dava acesso para rua. Lá, um condutor que passava viu a situação do estudante e ofereceu carona, levando ele até a casa, no bairro mesmo.

O pai, que é motorista de ônibus e havia acabado de chegar de viagem, levou o menino para o Pronto-Socorro. Enquanto isso, o agressor deixou a escola sem que o fato fosse percebido e procurou a Base da Polícia Militar do bairro. Disse aos PMs que estavam de plantão que havia esfaqueado o colega dentro da escola. Disse que o motivo seria uma rixa com ele, iniciada na sexta-feira (30).

Os policiais pediram para que o adolescente os acompanhasse até a escola e foram procurar a direção da unidade que, segundo os PMs, disse não saber nem da rixa entre os estudantes e nem do crime que ocorreu pouco antes, dentro do espaço escolar. Em seguida, os policiais encaminharam o estudante para a Central de Flagrantes de Várzea Grande. A vítima, depois de passar pelo atendimento médico, seguiu para a delegacia, onde foi ouvida pelo delegado Algacir Romeu Brisola.

Versões

A motivação do crime tem pelo menos duas versões. Ao ser ouvido pela reportagem, dentro da delegacia, o estudante P.G.R.A., 13, disse que o motivo foi uma rixa com o outro aluno. Alegou que na sexta-feira (30) a vítima J.P.S.V., 12, em uma “brincadeira besta” lhe deu um tapa no rosto.

Depois ainda ficou “zuando” ele e ofendendo sua mãe com palavras de baixo calão. Fato que gerou revolta e fez com que planejasse o crime. Disse que queria matar o outro estudante e planejou a ação. “Eu não posso aceitar que batam na minha cara”, salientou. Trouxe a faca de cozinha de casa. Depois se entregou à Polícia. Já a vítima nega qualquer agressão ao colega.

Lembra que é menor que ele e se o tivesse agredido, como diz, com certeza ele teria reagido na hora e devolvido a agressão. Tanto que quando ele o chamou para ir buscar a bola, não suspeitou de nada e o acompanhou. Foi até a construção abandonada e foi surpreendido pelo ataque feroz. Mas a vítima tem outra versão. Acredita que o colega possa estar interessado em uma colega deles que mora próximo à casa da vítima. A menina de 12 anos vai e vem com a vítima da escola, a pedido da avó dela, para fazer companhia um ao outro, por segurança.

O agressor nega o interesse pela menina e mantém a versão do tapa no rosto. As duas famílias, tanto os pais do agressor como os da vítima, estavam em choque na delegacia. Os pais do estudante ferido desesperados pelo fato do filho ter escapado por pouco da morte, fato confirmado pelo médico. A ideia é tirar ele da escola. Os pais do agressor também não entendem o que aconteceu com o filho caçula.

A mãe, evangélica, fala que o filho tem boas notas e sai da escola para casa e igreja. Nunca deu problema. É reservado e não tem amigos. Para a mãe, ele também teria mantido a versão do tapa no rosto, dias anteriores. A mãe do agressor disse que se coloca no lugar da mãe da vítima, pois sabe que ela está sofrendo. Mas acredita que o filho precise de ajuda profissional, pois nunca demonstrou esta agressividade.

 

 

 

 

 

Gazeta Digital

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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