quarta-feira, 15/05/2024
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Genes que protegem contra câncer também retardam envelhecimento, diz pesquisa

Um experimento com ratos feito por cientistas espanhóis provou que dois genes já conhecidos pelo papel protetor contra o câncer também desaceleram o envelhecimento.

O diretor da equipe de pesquisa, Manuel Serrano, do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas de Madri (CNIO), explicou à Efe que a ligação entre o câncer e o envelhecimento é compreensível levando em conta que os dois processos estão relacionados à acumulação de danos nas células.

Serrano disse que o aumento dos níveis de duas proteínas – como observado nos ratos geneticamente manipulados -, além de suprimir o câncer, atrasa o envelhecimento.

Foi comprovado “que os animais submetidos a maiores doses de ambos os genes têm maior esperança de vida, em comparação com os demais ratos”, explicou.

Ele lembra que já se sabia que a proteína supressora de tumores p53 (também chamada Trp53), e um de seus reguladores, ARF, estavam envolvidos na detecção e na eliminação de danos celulares.

Mas agora foi comprovado que um aumento da atividade desses genes proporciona um “robusto” efeito antioxidante, que não se limita à proteção contra o câncer.

Segundo o cientista do CNIO, os pesquisadores “completaram o conhecimento que existia” e demonstraram que os ratos nos quais há uma atividade maior desses dois genes “não só estão protegidos do câncer, mas também do envelhecimento”.

Portanto, acrescentou, “os mesmos genes que nos protegem do câncer, também garantem uma maior esperança de vida”.

“O câncer acontece pela acumulação de danos genéticos que resultam em um crescimento celular aberrante, e o envelhicento também se produz pela acumulação de danos genéticos e de outros que resultam em uma falta de funcionalidade (como a regeneração fraca)” acrescentou.

Por isso, concluiu, a disponibilidade de remédios para potencializar os genes protetores do câncer pode levar à desaceleração dos processos de envelhecimento.

A pesquisa foi publicada no último número da revista científica britânica “Nature”. EFE aqr pa
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Parmenas Alt
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