quarta-feira, 15/05/2024
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Ipea: país também precisa de reformas microeconômicas

As reformas fiscais e a redu&ccedil&atildeo da taxa de juros n&atildeo s&atildeo suficientes para a retomada consistente do crescimento da economia, segundo avalia&ccedil&atildeo que consta na Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econ&ocircmica Aplicada (Ipea), divulgada hoje (5).

Para que a economia, de fato, volte a crescer de forma sustent&aacutevel, &eacute preciso, entre outras coisas, avan&ccedilar tamb&eacutem na agenda de reformas microecon&ocircmicas que ampliem a produtividade da economia como um todo, diz o documento.

Na avalia&ccedil&atildeo dos pesquisadores, ser&aacute necess&aacuterio enfrentar as demais quest&otildees estruturais que v&ecircm pesando sobre o desenvolvimento do pa&iacutes: melhorar o ambiente de neg&oacutecios, com &ecircnfase para a quest&atildeo regulat&oacuteria reformar a estrutura tribut&aacuteria, que &eacute complexa e cria in&uacutemeras distor&ccedil&otildees alterar a legisla&ccedil&atildeo trabalhista, considerada excessivamente r&iacutegida e aumentar grau de exposi&ccedil&atildeo da economia ao com&eacutercio internacional.

N&atildeo ser&aacute por meio de medidas simples de est&iacutemulos de curto prazo que o pa&iacutes voltar&aacute a crescer de forma consistente, diz a carta.

D&iacutevida p&uacuteblica

Entretanto, para os pesquisadores, os desajustes acumulados ao longo dos anos anteriores imp&otildeem uma longa trajet&oacuteria para reequilibrar as contas p&uacuteblicas e, com isso, reduzir o custo de capital da economia.

Na carta, os pesquisadores lembram que v&aacuterios estudos internacionais comprovam que uma d&iacutevida p&uacuteblica muito elevada e em trajet&oacuteria explosiva tem fortes impactos negativos sobre o crescimento econ&ocircmico. No contexto atual, qualquer tentativa de se utilizar uma expans&atildeo dos gastos p&uacuteblicos teria efeitos contr&aacuterios e ainda elevaria imediatamente o custo de capital da economia, podendo at&eacute tornar invi&aacutevel o refinanciamento da d&iacutevida p&uacuteblica.

No curto prazo, dizem os pesquisadores, a demanda agregada tende a ser estimulada pela redu&ccedil&atildeo da taxa de juros, &agrave medida em que a&nbspinfla&ccedil&atildeo&nbspj&aacute se encontra em decl&iacutenio e as expectativas convergem para a meta, que &eacute de 4,5%, neste ano e em 2017. O limite superior da meta &eacute 6,5%, em 2016, e 6%, no pr&oacuteximo ano. Para o mercado financeiro, a infla&ccedil&atildeo deve terminar este ano em 6,69% e 2017 em 4,9%.

Teto dos gastos

Para pesquisadores, ao frear o crescimento das despesas prim&aacuterias, a Proposta de Emenda &agrave Constitui&ccedil&atildeo (PEC) 55, que limita os gastos p&uacuteblicos, tem o potencial de estabilizar e reduzir o endividamento, garantindo, assim, a sustentabilidade da d&iacutevida p&uacuteblica.

Ainda de acordo com a mesma nota t&eacutecnica: O prazo de 20 anos com a possibilidade de altera&ccedil&atildeo na metade do per&iacuteodo tamb&eacutem parece ser adequado. Dependendo do desempenho da economia nos pr&oacuteximos 10 anos, pode ser poss&iacutevel adotar uma regra mais branda a partir de 2027. Contudo, o horizonte de duas d&eacutecadas &eacute indicado para dar mais credibilidade a esse tipo de estrat&eacutegia porque, caso o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] seja menor, o ajuste fiscal seria ainda mais gradual.

J&aacute na nota t&eacutecnica An&aacutelise da PEC 55, o autor mostra que reformas adicionais s&atildeo essenciais para tornar vi&aacutevel a regra fiscal proposta na emenda constitucional. As mudan&ccedilas mencionadas pelo autor s&atildeo a reforma da Previd&ecircncia e mudan&ccedilas no abono salarial e na Lei Org&acircnica de Assist&ecircncia Social. Caso reformas desse tipo n&atildeo sejam feitas, os gastos com transfer&ecircncias de renda comprimiriam excessivamente os demais gastos p&uacuteblicos, tornando invi&aacutevel o pr&oacuteprio cumprimento da nova regra fiscal. Al&eacutem disso, mesmo com a realiza&ccedil&atildeo dessas reformas, o cumprimento da nova regra fiscal ser&aacute uma tarefa desafiadora, avaliam os pesquisadores.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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