domingo, 12/05/2024
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Mudanças nos estádios para Copa 2014 obedecem padrão do meio ambiente

Os tempos em que estádio de futebol era sinônimo de um campo e arquibancadas parece estar ficando para trás. Além de prezar pela segurança e conforto dos torcedores, as novas arenas, atualmente em reforma ou construção, mostram-se ecologicamente corretas e funcionam como centros de lazer. O novo estádio do clube italiano Fiorentina, por exemplo, contará com o primeiro parque temático do mundo dedicado ao futebol, além de rede hoteleira, como o Estádio de Genebra, na Suíça, o primeiro a contar com hotel.

Projetos
“O estádio não é somente um local para jogos de futebol. Ele é um edifício que provoca impacto ambiental e serve como grande referencial urbano. O Maracanã, no Rio de Janeiro, por exemplo, é um importante ponto de visitação”, garante o especialista em estádios brasileiros Marcos Paulo Cereto, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Luterana do Brasil, em Manaus (AM).

Em Barcelona, na Espanha, há dois projetos arquitetônicos para o Estádio Camp Nou, que é considerado o maior da Europa. O primeiro e mais antigo é do arquiteto britânico Norman Foster, que pretende aumentar a capacidade do local dos atuais 100 mil para 110 mil lugares. Já o segundo é do catalão Emil Vidal, que sonha em mudá-lo para uma ilha artificial no Mar Mediterrâneo, ligada ao continente por uma ponte, e que, ao abrigar 150 mil pessoas, se igualaria ao maior estádio do mundo, o Rungnado May Day, na Coreia do Norte.
A tônica dos projetos recentes parece ser aproveitar a paisagem e as áreas ao redor dessas edificações. “Como a construção e a manutenção desses espaços são muito caras, uma saída é fazer com que ele funcione com centros de entretenimento e não dependa apenas da renda dos jogos. Um exemplo de como isso pode ser lucrativo é a Arena do Grêmio, em Porto Alegre, que tem uma espécie de minicidade com lojas, hotel e centro de escritórios”, explica Cereto a respeito do projeto que deverá estar pronto para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Outro projeto para a Copa 2014 que chama atenção é a reforma do Castelão, em Fortaleza (CE), que, segundo anúncio, se tornará o primeiro estádio do mundo a utilizar energia eólica, obtida do vento. Com capacidade para 60 mil torcedores, ele será coberto e, após o evento, a área ao redor abrigará centros olímpicos e de entretenimento. “Há tendência mundial de preocupação com o meio ambiente. Por isso, aproveitaremos a vantagem do Ceará ter bons ventos e estar despontando como um dos maiores parques mundiais de energia eólica”, aponta o Secretário do Esporte do estado, Ferruccio Feitosa.

A preocupação ambiental também é a tônica do primeiro estádio inflável, móvel e reciclado do mundo, desenvolvido na Noruega e que terá capacidade para até 3,5 mil pessoas, com estrutura de alumínio (material 100% reciclável e de baixo custo) e fechamento lateral feito de PVC resistente à abrasão. A estrutura, que cabe em cerca de 30 contêineres de tamanho padrão, pode ser montada em duas semanas e desmontada em uma semana.

Já em Doha, capital do Qatar, está em construção um estádio que poderá controlar melhor o calor intenso e frequente do país, sem o gasto de milhões de dólares com ar-condicionado. Trata-se do primeiro estádio subterrâneo do mundo, conhecido como “The Wall” (“O Muro”), que faz parte da estratégia do país para tentar sediar a Copa do Mundo de 2018 e contará com iluminação incorporada ao redor do gramado, em substituição às torres de iluminação. “Estádios como esse são construídos para minimizar as questões climáticas do local e, assim, haver condições de jogo. Imagine, por exemplo, a dificuldade que teremos para fazer jogos em Manaus (AM), ao meio-dia, que será o horário para a transmissão deles para a Europa, com um calor de mais de 35 graus”, finaliza Cereto.

F.Uni/Guilherme Bryan

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Parmenas Alt
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