terça-feira, 14/05/2024
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Olmert diz que o Hamas pagará conseqüências de ataque a Ashkelon

“Hoje ocorreu um fato muito grave, sem precedentes, quando um foguete Qassam caiu em uma escola” de Ashkelon, disse Olmert em discurso público na embaixada dos Estados Unidos em Herzliya, onde é celebrado o Dia da Independência desse país.

“Isto é uma escalada na guerra terrorista na qual embarcou o Hamas, que governa a Autoridade Nacional Palestina (ANP)”.

Segundo a rádio pública israelense, o foguete, cujo lançamento foi reivindicado pelo braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezzedin Al-Qassam, caiu nas proximidades de uma escola em Ashkelon, cidade outras vezes atacada, mas que nunca tinha tido seu centro atingido.

Ultimato

O ultimato dado pelos seqüestradores do soldado israelense Gilat Shalit, que querem trocá-lo por prisioneiros palestinos, terminou hoje, mas o Governo do Hamas pediu um novo prazo para buscar uma solução para a crise, enquanto Israel aumenta a pressão e alerta que a operação na Faixa de Gaza pode durar meses.

Após o vencimento do prazo estabelecido para que Israel aceitasse libertar as mulheres e menores palestinos detidos nas cadeias do Estado judeu, assim como cerca de mil outros presos, um dos três grupos responsáveis pelo seqüestro anunciou que, a partir de agora, não serão dadas mais informação sobre o soldado.

Horas depois, o primeiro-ministro da Autoridade Nadcional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, do Hamas, reuniu-se com seu gabinete em seu escritório, bombardeadas há dois dias pelo Exército israelense, e pediu que os seqüestradores respeitem a vida de Shalit, de 19 anos.

Paralelamente, o Hamas alertou hoje para as conseqüências de uma possível decisão de Israel de atentar contra Haniyeh. “Qualquer tentativa de Israel de assassinato (de políticos) será interpretada como uma atitude irresponsável, e Israel sofrerá graves conseqüências”, afirmou o Hamas em nota divulgada em Gaza.

O comunicado diz que “esse tipo de ataque daria novas motivações à luta contra a ocupação israelense e provocaria uma escalada crítica no conflito” no Oriente Médio. “É como brincar com fogo e um passo muito perigoso”, alertou o movimento radical islâmico palestino.

Israel disse há poucos dias que não descartava ataques contra líderes políticos do Hamas para pressionar a ANP com o objetivo de que Shalit, seqüestrado por milicianos no dia 25 de junho, fosse libertado.

A operação militar israelense na Faixa de Gaza para buscar Shalit poderia durar meses, segundo fontes militares israelenses citadas hoje pela rádio pública do Estado judeu. “É preciso uma operação contínua e paciência”, disseram as fontes.

O ministro palestino da Informação da ANP, Youssef Rezqa, instou a comunidade internacional a intervir para deter a operação militar de Israel na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, reafirmou sua determinação de não ceder a grupos terroristas para evitar a realização de ações similares.

O Exército israelense fechou a passagem fronteiriça de Erez, no norte da Faixa de Gaza e único acesso à região palestina neste momento, devido a necessidades operacionais. Olmert prometeu que o Exército israelense vai impedir que os habitantes de Gaza durmam, como os foguetes das milícias palestinas impedem que os israelenses que moram perto da fronteira descansem.

Um homem morreu no norte da faixa em um dos bombardeios e, na Cidade de Gaza, um míssil destruiu o pavilhão do Conselho estudantil da na Universidade Islâmica. Do outro lado da fronteira, um foguete de fabricação caseira Qassam caiu em uma escola na cidade de Ashkelon, provocando prejuízo material, mas sem deixar feridos.

Segundo a rádio pública israelense, o braço armado do Hamas, os Batalhões Ezzedine al-Qassam. Olmert disse que o movimento radical islâmico arcará com as conseqüências do ataque. “Hoje ocorreu um fato muito grave, sem precedentes: um foguete Qassam caiu em uma escola de uma cidade no sul, Ashkelon”, disse Olmert em discurso público na embaixada dos Estados Unidos em Herzliya, em ato de celebração da independência americana.

“Isto é uma escalada na guerra terrorista na qual o embarcou Hamas,governante na Autoridade Nacional Palestina, embarcou”, afirmou. A cidade de Ashkelon fora atacada várias vezes, mas esta é a primeira em que um foguete cai em seu centro. Paralelamente, a agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos (UNRWA), que distribui comida a mais da metade da população de Gaza, anunciou hoje que as reservas de alimentos na região estão esgotadas devido ao isolamento do território por parte de Israel.

“Não restou absolutamente nada armazenado na Faixa de Gaza. O abastecimento e a retomada de algum tipo de vida normal e previsível para a população levarão seu tempo”, afirma o comunicado. Por isso, a UNRWA pediu a Israel que permita a entrada de produtos básicos na região.

“A renovação de qualquer bloqueio levará a Faixa de Gaza a uma situação à beira da catástrofe”, afirma. Em Gaza, o local da Universidade Islâmica onde caiu hoje o míssil israelense apareceu ficou cheio de cartazes em árabe, inglês e até mesmo hebraico, colocados entre os escombros e os livros sobre o Corão.

“Por que bombardear universidades, civis, pontes, centrais elétricas?”, dizia uma dos cartazes em inglês, resumindo a tônica de quase todos. Para o chefe do conselho de estudantes, Sherif Abu Shalama, o ocorrido na Universidade “pode acontecer com qualquer palestino”. “Estamos acostumados a estas agressões, Israel não nos trata como seres humanos, e a questão do soldado é quase um pretexto”, afirmou.

O Exército israelense justificou o bombardeio dizendo que suspeitava que atentados fossem preparados na Universidade Islâmica. Shamala, porém, afirmou que se trata de um “centro independente”, onde também estudam cristãos, inclusive duas ou três meninas.

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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