terça-feira, 14/05/2024
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Oposição síria acusa governo de matar centenas em ataque químico

Grupos de oposição da Síria afirmaram que centenas foram mortos nesta quarta-feira (21) em um ataque com agentes químicos lançados por foguetes do governo contra redutos rebeldes perto da capital Damasco. Não há um número confirmado de mortos no suposto ataque. Estimativas da oposição variam de 100 a mais de 1,3 mil. Não há como confirmar as informações com fontes independentes nem saber quantas das vítimas morreram pelas substâncias tóxicas ou pelos bombardeios.

 

O diretor do Observatório para os Direitos Humanos, Rami Abdul-Rahman, citou ativistas na área afirmando que "gás venenoso" foi lançado no ataque. Ele disse ter documentado cem mortes, mas afirmou não estar claro se as vítimas morreram pelo ataque aéreo ou pelo gás tóxico.

Bayan Baker, uma enfermeira de um complexo emergencial, disse que o número de mortos, entre os recolhidos a partir de centros médicos nos subúrbios a leste de Damasco, foi de ao menos 213. "Muitas das vítimas são mulheres e crianças. Eles chegaram com pupilas dilatadas, membros frios e espuma na boca. Os médicos dizem que esses são sintomas típicos de vítimas de gás nervosos", relatou.

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Já os Comitês de Coordenação Local, rede ativista da oposição, afirmou que os gases venenosos deixaram mais de 650 mortos. Os sintomas, segundo o grupo, incluíam inconsciência, espuma na boca e no nariz, pupilas contraídas, taquicardia e dificuldade de respirar.

George Sabra, um dos principais opositores de Assad, disse que 1,3 mil teriam morrido em consequência da chuva de gás venenoso. "Não é a primeira vez que o regime usou armas químicas. Mas (os crimes de hoje) constituem um ponto de virada nas operações do regime", disse em uma coletiva em Istambul, Turquia. "Dessa vez foi mais para aniquilar do que aterrorizar."

Equipe da ONU

Uma equipe de inspetores de armas químicas da ONU aterrissou na Síria esta semana para tentar provar as alegações de que armas químicas vêm sendo usadas durante a guerra civil no país. Os inspetores deram início aos seus trabalhos na segunda-feira.

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O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, e o presidente da França, François Hollande, pediram ao governo da Síria que permita o acesso à equipe da ONU.

 

"Estou profundamente preocupado com os relatos de que centenas de pessoas, incluindo crianças, foram mortas em ataques aéreos e um ataque químico em um reduto rebelde próximo a Damasco", disse. "Esses relatos não estão corroborados e precisamos urgentemente de mais informações. Mas está claro que, caso sejam verificados, marcariam um aumento chocante do uso de armas químicas na Síria.

 

IG SP

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Parmenas Alt
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