segunda-feira, 13/05/2024
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Pecuaristas conhecem mecanismos modernos de compra e venda do boi

Qual a melhor forma de comercialização do rebanho bovino em Mato Grosso?
A resposta é fundamental para os produtores do estado que tem o maior rebanho do país. São mais de 26,2 milhões de cabeças de gado. Os pecuaristas avaliaram alguns dos principais mecanismos no mercado no Seminário sobre Confinamento de Bovinos e Contratos Futuro realizado, nesta quinta-feira (10.05), em Cuiabá, encerrando o evento que também passou por Tangará da Serra e Sorriso. O evento foi promovido pela Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em parceria com a Novanis Animal e reuniu entre os dias quarta e sexta-feira cerca de 300 pessoas, entre produtores, técnicos e universitários. O presidente da comissão, Normando Corral, destacou que não é importante só conquistar novos mercados para a carne mato-grossense, mas também, manter a qualidade do produto. “Temos que ficar em alerta e saber como comercializar bem a nossa produção. A pecuária no Brasil passa por uma grande transformação, com o aumento das exportações de carne bovina”, considerou Corral

O coordenador do Centro de Comercialização de Boi da Famato, Luciano Vacari,destacou três mecanismos que considera mais interessantes para o produtor se proteger e garantir rentabilidade na comercialização do rebanho: contrato futuro (via Bolsa de Mercadorias e Futuro – BM&F); contrato a termo e mercado de opções. Segundo o analista de mercado, a venda de gado via contrato futuro cresce de forma estrondosa no Estado com o produtor preocupado com a oscilação de preços. “Considero a melhor opção, a que tem menor risco porque o produtor tem a vantagem de travar o preço futuro. A dificuldade, neste caso, é calcular o diferencial da base de preços em São Paulo e o equivalente em Mato Grosso. É uma conta a mais que ele tem que fazer”, explicou.

O contrato a termo é uma forma de comércio que está crescendo no estado e consiste na relação de compra e venda entre as parte do contrato com data e preço pré-definidos para a entrega do produto. “Na prática, coletivamente, este sistema não é tão bom, porque tira o efeito surpresa do mercado”, considerou Luciano Vacari. Por fim, o coordenador do CentroBoi destacou a venda de boi no mercado de opções, onde o pecuarista paga um prêmio que lhe garante opção de venda por um preço e data pré-determinados.

CONFINAMENTO – O confinamento de bovinos, de acordo com o diretor executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Fabio Dias, aumentou significativamente nos últimos cinco anos, mas, este ano o setor enfrenta um cenário um pouco mais difícil. Com a onda dos biocombustíveis há um aumento na demanda de grãos, milho e soja, por exemplo, quem é a base da alimentação do gado confinado e ainda a majoração do preço do boi magro no mercado. “O boi magro corresponde a 2/3 e a ração representa 1/3 do custo total do confinamento”, constatou. A meta de crescimento do setor este ano é de 25%.
De qualquer forma, Mato Grosso é apontado com uma das novas fronteiras para o confinamento de bovinos porque detém o maior rebanho do país, a maior produção de grãos onde os rejeitos (palha,caroço de algodão entre outros) são aproveitados ba alimentação do gado. “O alerta ao produtor é quanto a estratégia de comercialização no estado em função da concentração de poucos compradores no mercado”, apontou Dias.

Associação Nacional dos Confinadores reúne 50 produtores rurais de vários estados, a maioria de São Paulo que tem o maior número de associados. A entidade responde pelo abate de 500 mil animais por ano, o que corresponde a 20% do gado confinado no país. De acordo com Fábio Dias, Assocon quer definir o confinamento como processo de produção de gado e a melhor forma de brecar a abertura de novas áreas. O sistema vai ceder o espaço até então utilizado na pecuária para a produção agrícola. “O confinamento agrega ao mesmo tempo, respeito ao meio ambiente e aos animais o que é ecologicamente correto para os consumidores. Outra questão importante é que o sistema é instalado longe de áreas de preservação ambiental e próximo dos frigoríficos”, apontou Fábio Dias.
Ascom Famato

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Parmenas Alt
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