De acordo com a polícia, os suspeitos corrompiam médicos e servidores da Previdência Social de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para que eles concedessem benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez a pessoas saudáveis. As investigações constataram que empresas, empresários e advogados estariam intermediando estes crimes.
As investigações foram feitas por uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, pelo Ministério da Previdência Social e pelo Ministério Público Federal.
Eles analisaram 349 benefícios intermediados pela suposta quadrilha com indícios de fraudes e estimam que, se os grupos estão atuando desde 2003, o prejuízo à Previdência Social possa ser de R$ 200 milhões.
Também são cumpridas ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestro de imóveis e veículos e perícias de uma junta médica da Previdência Social em segurados que participaram do esquema delituoso.
Os mandados são cumpridos nas cidades de São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, Diadema, Mogi das Cruzes, Guareí, Americana, Campos do Jordão, Guarujá, Bertioga, Santos, Itanhaém e Montes Claros.
O nome da operação, Providência, segundo a PF, é uma comparação com a “condição divina com que se revestiam os integrantes das quadrilhas”, quando podiam atribuir aos seus clientes os mais variados quadros clínicos. O nome também seria a representação de uma “resposta do Estado” contra tais fraudes.
U.Seg