quarta-feira, 15/05/2024
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Prefeito mata animal de trabalhador rural e age com truculência

O prefeito de Acorizal (município a 63 quilômetros de Cuiabá), Meraldo Figueiredo de Sá, deu no início do mês, mais uma mostra do que é capaz quando alguém, principalmente se pessoa humilde, lhe desafia.

Imprimindo alta velocidade ao conduzir o veículo Fiat Uno, o que não é compatível com a cidade, ele acabou atropelando e matando o cachorro do trabalhador rural Francisco de Assis Ventura, um senhor de 62 anos, nascido e criado na pacata cidade que vai completar 173 anos. Além da morte do animal de estimação do trabalhador rural, Meraldo ainda toda a sua influência para prejudicar a vítima.

Ao verificar que seu cão estava morto pelo que considerou uma irresponsabilidade de uma pessoa que teria que dar bons exemplos, “seu” Francisco reclamou e perguntou: “Já pensou se fosse uma criança? O sr.não precisava correr tanto”, criticou. Irritado, porém, o prefeito, deu parte do ancião no Posto Policial , cujos militares, sem qualquer necessidade e sem mandado judicial, mas atendendo a um pedido do prefeito da cidade, encaminharam-no para o Centro Integrado de Segurança (Cisc) do Verdão. Alí, no meio de estupradores, ladrões, traficantes e arruaceiros, o trabalhador rural passou por horas de constrangimento e humilhação, enquanto o prefeito contava vantagens e ria com amigos.

Conhecido como um homem temperamental e às vezes hostil, embora uma vez ou outra faz “média” pagando cerveja para alguns populares, Meraldo coleciona um rosário de ações judiciais, umas como réu, a maioria, e outras onde se coloca na condição de vítima. No Tribunal de Justiça (TJ), há processos contra sua pessoa de variadas tipificações, o que demonstra que o atual prefeito possui predicados (tanto do ponto de vista pessoal como político) pouco recomendáveis a uma pessoa que se espera qualidades para dirigir um município.

Segundo a reportagem apurou, Meraldo responde atualmente por Porte Ilegal de Arma, quando foi inclusive encaminhado ao Presídio Ramos, tendo ficado preso por dois dias. O referido processo, de número 069/2004,tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Por não ter honrado dívidas com o Banco Volkswagen, ele foi processado pela montadora, com processo na 13ª Vara Cível (processo 019/2004), com Busca e Apreensão convertida em Ação de Depósito. Mas é nas varas de fazenda (que tratam de administração financeira pública) onde Meraldo tem mostrado uma vocação formidável para se inserir em lista de más gestores do erário. Na 5ª Vara Especializada de Fazenda Pública e Execução Fiscal, por exemplo, ele é réu nos processos 0195/007 e 0196/007 e por meio de outras duas ações Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa , o município, devidamente representado lhe processa por suspeita de desvio de dinheiro público e malversação do erário, ações ajuizadas quando ele ocupava o cargo de presidente da Câmara Municipal.

O fato de ter agredido e mandado prender o pequeno agricultor, além de ter matado seu animal de estimação, não faz do acontecimento uma fatalidade ou um acontecimento isolado. A população de Acorizal parece estar revoltada com os atos de arrogância contínuos de Meraldo, que tornou-se uma espécie de todo-poderoso, que não respeita a Câmara de Vereadores, as entidades constituídas e passa a maior parte dos dias fora da cidade, sem falar que a cidade não sabe o que é crescimento, há problemas graves em todas as esferas da administração, mesmo com recursos federais e estaduais assegurados.

Em qualquer cidade ou município fazer questionamentos sobre melhorias de praças, ruas, escolas, e avanços em outras áreas é natural, mas se qualquer pergunta for feita ao prefeito, ele se acha no direito de retaliar, como fez com o agricultor Francisco. Agir com truculência, ignorância e se exibir em público como “autoridade” é uma característica que se tornou muito forte e conhecida na cidade. “Ele é um criador de caso, arrogante e se julga superior aos moradores da cidade”, diz um parente do agricultor Francisco de Assis. Com essas três novas ações que o MP deve ajuizar nos próximos 15 dias, os processos em que ele é indiciado como réu vão passar para 11, o que pode comprometer ainda mais a sua imagem, já bastante abalada perante a sociedade local.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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