quinta-feira, 16/05/2024
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Projeto de Riva cria fundo para financiar a pesquisa sobre trigo em Mato Grosso

Mato Grosso pode se tornar nos próximos anos um grande produtor e industrializador de trigo, com benefícios diretos ao segmento agrícola, ao Estado através do aumento da arrecadação e geração de empregos e ao consumidor, já que o aumento da oferta e a redução das importações pode diminui os custos finais dos derivados e especialmente do pão.

 

Com o objetivo de promover a efetiva implantação do trigo como cultura em Mato Grosso, o deputado José Riva (PSD) apresentou em plenário o projeto de Lei 455/2013 que institui o Fundo de Apoio à Cultura do Trigo (FACTRIGO).

 

O fundo terá como receita principal a contribuição no valor de 0,1 (um décimo) da UPF/MT por tonelada de farinha de trigo comercializada aqui e que tenha origem fora do estado, além de doações, auxílios oriundos de convênios com instituições públicas e privadas e créditos consignados no orçamento estadual.

 

O deputado Riva destacou a importância da criação deste fundo para viabilizar a pesquisa, a produção e industrialização do trigo, a exemplo do que ocorreu com outras culturas como a soja, algodão e milho. “Temos que fomentar esta cultura importantíssima que já vem sendo testada em Mato Grosso com muito sucesso e pode gerar mais arrecadação, empregos e oportunidades para produtores e industrializadores, beneficiando inclusive o consumidor final”, disse.

 

Câmara Técnica

 

Os detalhes do projeto foram apresentados pela assessoria técnica do gabinete do deputado José Riva durante a 5ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica do Trigo, vinculada à secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Sedraf). A reunião teve a presença de representantes da Empaer, Embrapa, Indea, Famato, Conab, UFMT, Organização das Cooperativas e Instituto Federal de Mato Grosso, além de produtores rurais e empresários do setor de moagem de trigo.

 

O Assessor Especial da AL, Xisto Bueno, apresentou o projeto discutido inicialmente com os técnicos do segmento e que continuará recebendo contribuições de produtores e entidades.

 

“Todos os estudos confirmam a viabilidade do trigo em Mato Grosso, que tem apresentado uma qualidade acima da média nacional e melhor até que o similar argentino. O plantio já é feito de forma experimental e com a criação do fundo será possível investir em pesquisa, assegurando a efetividade do trigo como nova e rentável opção, consorciada com a soja”, disse.

 

Para o coordenador da Câmara Técnica do Trigo e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, a nova legislação será fundamental para alavancar o setor em Mato Grosso colocando o trigo como uma opção real nas modalidades sequeiro ou irrigado.                                         

 

“Mato Grosso importa hoje 120 mil toneladas de farinha/ano a um custo enorme e esse recurso pode ficar aqui gerando emprego e renda. Hoje já temos tecnologia e municípios como Primavera do Leste, com mais de 25 mil hectares de área irrigada e que poderia ter um moinho das próprias cooperativas. Assim o produtor plantará trigo e venderá farinha, verticalizando a produção”.

 

Outro grande desafio, explica Hortêncio, é mostrar aos produtores de soja, através da Aprosoja, enxerguem no trigo uma excelente opção para manejo das áreas plantadas. O trigo contribuirá para melhorar as condições fitossanitárias, reduzir o nível de utilização de herbicidas e aumentar a produtividade da soja. Já existem muitos produtores investindo também no trigo e o plantio comercial começa em 2014, abrindo novas perspectivas para a agricultura em Mato Grosso.

 

Hortêncio destacou a iniciativa do deputado Riva em apresentar o projeto do FACTRIGO. “Este apoio é fundamental, a Casa que representa o povo mato-grossense está encaminhando uma solução para o abastecimento de farinha, que é usada em larga escala pela população, e tende a ser produzida e industrializada aqui mesmo, com grandes vantagens também ao consumidor final”, disse o pesquisador.

 

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Parmenas Alt
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