segunda-feira, 13/05/2024
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Protesto contra EUA reúne milhares e deixa um morto no Afeganistão

A polícia afegã fez disparos para o alto para dispersar milhares de manifestantes antiamericanos em Cabul, disseram testemunhas e policiais. Pelo menos uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas, e o número de vítimas ainda pode aumentar, segundo fontes oficiais.

Aos gritos de “Morte à América”, “Morte aos cristãos” e “Morte ao (presidente Hamid) Karzai”, os afegãos realizaram o maior protesto desde o início da crise desencadeada por um pastor evangélico dos EUA, que havia ameaçado queimar exemplares do Alcorão no dia 11 de setembro — o que não aconteceu.

“Há mais de 10 mil manifestantes e alguns deles estão agitando a bandeira do Talibã”, disse o policial Mohammad Usman. A TV Reuters mostrou vários manifestantes com enormes bandeiras brancas, símbolo usado por seguidores do Talibã.

O protesto ocorre três dias antes de uma eleição parlamentar que o Talibã promete prejudicar. A votação serve de teste para a estabilidade do Afeganistão, o que pode se refletir na revisão estratégica de dezembro nos planos de guerra dos EUA no país.

No fim de semana, três pessoas já havia morrido durante manifestações contra o pastor norte-americano Terry Jones, que pretendia queimar exemplares do livro sagrado do islamismo num protesto contra o terrorismo.

Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, disse que o grupo está a par dos protestos, mas não tem envolvimento neles. “As pessoas podem ter levantado as bandeiras do Talibã para mostrar seu sentimento e simpatia pelo movimento”, disse Mujahid à agência de notícias Reuters, falando de um local não revelado.

Na Ponte de Kandahar, em Cabul, a polícia recebeu ordens de avançar contra um grupo de centenas de manifestantes que atiravam pedras e se dirigiam aos policiais, chamando-os de “escravos dos americanos”.

Policiais foram vistos disparando para o alto e removendo vários manifestante do local. Os participantes do protesto acabaram se dispersando, e vários deles se refugiaram em casas do bairro, habitado principalmente por membros das etnias pashtun e tadjique.

Antes disso, os manifestantes haviam se reunido na zona oeste da capital, queimando pneus e bloqueando a principal estrada que dá acesso ao sul. Uma espessa fumaça negra se erguia na região, e a polícia manteve os jornalistas a uma distância de centenas de metros.

G1/Reuters

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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