quinta-feira, 16/05/2024
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Rebeliões tiveram motivação política contra Alckmin, diz Furukawa

Segundo Furukawa, as inteligências das polícias Militar e Civil detectaram que uma das causas dos motins comandados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) era o temor em relação à expansão do Regime Disciplina Diferenciado (RDD) para as penitenciárias federais.

Diante do aumento do número de rebeliões o governo paulista decidiu em 10 de maio deste ano transferir 765 detentos ligados ao PCC para presídios de segurança máxima, numa tentativa de reduzir o poder de fogo da organização criminosa.

“Nós tínhamos a informação que estava sendo organizada também uma mega-rebelião em agosto, justamente no período próximo às eleições”, afirmou o ex-secretário, que ficou no comando da administração penitenciária por seis anos e meio.

No depoimento dado aos deputados da CPI do Tráfico de Armas, o ex-secretário voltou a afirmar que cabia a Secretaria de Segurança Pública a investigação sobre a atuação dessas organizações nos presídios paulista. “A minha tarefa não era investigar essas organizações criminosas, era cuidar do dia-a-dia do sistema”, afirmou Furukawa.

O relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), questionou a argumentação dada pelo ex-secretário e classificou de “deboche” a afirmação sobre a motivação política dos motins e levantou a hipótese de que as rebeliões tenham sido uma resposta ao aumento da liberdade de atuação dos integrantes da organização. “Isso não pode ser aceito, não tem o menor fundamento dizer que teve uma natureza eleitoral uma rebelião como essa”, disse o petista.

Para Pimenta, houve acordo entre o governo de São Paulo e as lideranças do PCC para acabar com a onda de violência que varreu a capital no começo de maio, apesar de negado por Furukawa. O petista questiona, sobretudo, a intermediação da advogada Iracema Vasciaveo, representante da ONG Nova Ordem, no diálogo com o detento Marcos Willians Camacho Herbas, o Marcola, para negociar o fim dos atentados.

“A CPI, que tem muito menos recursos de inteligência do que o governo de São Paulo, sabe que essa ONG Nova Ordem é suspeita, que tem em seus quadros pessoas questionáveis. Dizer que ela era uma pessoa bem-intencionada revela uma ingenuidade inaceitável”, afirmou Pimenta.

Segundo Furukawa, Iracema teria entrado em contato com representantes da Polícia Civil para oferecer colaboração para tentar acabar com a onda de violência. Ela teria pedido que fosse levada ao presídio de Presidente Venceslau para comprovar que Marcola não havia sido torturado.

Ela foi levada ao presídio acompanhada de um representante da administração penitenciária, um comandante da Polícia Militar e um delegado de polícia para se encontrar com o líder do PCC. Nesse encontro, teria sido fechado o acordo entre o governo e as lideranças do PCC.

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Parmenas Alt
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